Da Agência Estado São Paulo - Com imensa desvantagem em todas as pesquisas de opinião, os últimos dias da campanha de Geraldo Alckmin foram tristes e dramáticos.

A falta de votos aparecia até em locais inesperados, como o Palácio dos Bandeirantes, fortaleza onde o candidato do PSDB despachava até março, quando se afastou para disputar a Presidência.

Já em julho, numa visita para assinatura de um convênio, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi aplaudido de pé por centenas de funcionários da administração do governo tucano.

Na semana passada, uma funcionária do gabinete do governador Claudio Lembo, vice de Alckmin, se confessava eleitora de Lula.

Outro voto era de uma empregada da ala residencial, que veio do Piau?, onde seus pais recebem o Bolsa-Fam?lia. "Voto garantido, aqui, Geraldo terá o meu", dizia durante a semana Lembo, leal e solidário quando preciso - nas horas dif?ceis. "A mentira pode produzir viradas, e o governo federal mente demais", avaliava Lembo, lembrando a virada da última eleição espanhola, 72 horas antes do pleito. "Por que não pode acontecer aqui?"