Do blog de Jorge Moreno Vai começar daqui a alguns dias uma interessante disputa para a presidência da Câmara, cargo que formalmente cabe ao PMDB.
São candidatos por esse partido os coordenadores das candidaturas petistas de Jaques Wagner, já vitoriosa, e de Ana Júlia, sub judice.
O outro candidato que corre por fora é o atual presidente da Câmara, Aldo Rabelo, do PCdoB e ex-ministro de Lula.
As candidaturas da Câmara, como na maioria das vezes, estão acopladas às do Senado, onde Renan Calheiros, da turma de Lula, disputa a reeleição e José Sarney, amigo de Lula, pode ser de novo candidato.
Renan ajudou a eleição do tucano Teotônio Vilela em Alagoas.
Em resumo, será o PT versus PT nas duas casas.
E a oposição, como é que fica?
O PSDB, na Câmara, segundo publicou Renata Lo Prete, no “Painel” da Folha, fecha com o coordenador de Jaques Wagner.
No Senado, o PSDB fecha com Renan Calheiros, pois não quer nem ouvir o nome da fam?lia Sarney, já que Roseana, do PFL, apóia Lula.
O PFL, na Câmara, tem horror aos coordenadores da campanha petista, não pelo fato de terem eleito Jaques Wagner e de estarem agora tentando eleger a Ana Júlia.
O horror deve-se exclusivamente ao curr?culo dos dois candidatos: o coordenador de Jaques Wagner é Geddel Vieira Lima e o da Ana Júlia é Jáder Barbalho.
O PFL deve apoiar a candidatura de Aldo Rebelo.
Há gente no PSDB disposta também a não ficar com Geddel. É a turma do “diálogo-já”, liderados por Aécio Neves e José Serra, amigos pessoais de Aldo.
Com isso, ganha força a candidatura à reeleição do presidente da Câmara.
E o governo não terá como trabalhar contra o Aldo.
Até porque seus inimigos dentro do governo cairam todos: Zé Dirceu, Palocci e Gushiken.