Acabou agora há pouco o primeiro bloco do debate entre Lula e Alckmin.

O problema dele é que não há novidades.

Quase tudo o que foi dito sobre Educação, Previdência, Saúde, Saneamento já ocupou espaço farto ao longo de três meses de campanha.

O formato do debate, porém, é mais honesto.

Nesses três primeiros blocos, os candidatos respondem a perguntas de eleitores indecisos, selecionados pelo Ibope.

Com isso, as questões - e, conseqüentemente, as respostas - têm uma conexão maior com a realidade.

O embate se cria com a possibilidade de o adversário comentar as respostas dadas aos eleitores.

Esse formato tira de cena aquelas pegadinhas que os candidatos e seus assessores de marketing procuram construir e que esvaziam e muito o conteúdo dos confrontos.

Mas esse debate, já agora no segundo bloco, acaba ficando enfadonho porque não há ninguém para arbitrar o que os candidatos dizem.

Não há, por exemplo, jornalistas que levantem dúvidas sobre o que está sendo dito.

No final das contas, porém, o formato não elimina uma falha comum a todos os debates: fica sempre a palavra de um contra a do outro.

Quem está certo?