Por Romoaldo de SouzaCorrespondente da Rádio Jornal em Bras?lia O deputado Eduardo Campos (PSB-PE), candidato ao governo de Pernambuco, vai usar a Lei de Imprensa, (n.º 5.250, e 09/02/1967) da época da Ditadura Militar, para fazer uma interpelação judicial contra o governador Mendonça Filho (PFL).
O ex-deputado José Antonio Almeida, advogado do PSB, vai hoje ao Superior Tribunal de Justiça, alegando que "Mendoncinha" está "ferindo a honra" de Eduardo Campos, quando coloca no "Guia Eleitoral" um "fato que já foi transitado e julgado" pelo Supremo Tribunal Federal, que foram as denúncias dos precatórios. "O Supremo não imputou nenhum delito a Eduardo Campos, mas o governador Mendonça Filho tem reiteradas vezes dito que essa foi a maior fraude que ocorreu em Pernambuco, se refere também a um desvio de recursos, insinua que não há comprovação como erre recurso foi aplicado", diz o advogado que nas eleições de 2003, disputou a cadeira de vice-presidente da República, na chapa do PSB, com Anthony Garotinho (PSB).
Com base na Lei de Imprensa, José Antonio considera que Mendocinha deve explicações à Justiça a fim de comprovar as denúncias contra Eduardo Campos. "Em razão disto é que nós estamos ingressando, em nome do deputado Eduardo Campos com uma interpelação judicial, hoje, no Superior Tribunal de Justiça, vez que o ofensor (Mendoncinha) é governador de Estado, para que ele explique no prazo de 48 horas essas alegações, apresente as provas que tiver, sob pena de ficar caracterizado que ele está pretendendo atingir a honra do deputado Eduardo Campos", sustenta o advogado.
Em 1997, a CPI dos Precatórios, investigou denúncias de irregularidades que atingiram, à época, um rombo de US$ 240 milhões de dólares, nos cofres de oito governos estaduais e prefeituras.
No governo de Pernambuco, Eduardo Campos ocupava o cargo de secretário de Fazenda, na gestão do avô, Miguel Arraes.