Da Agência Estado Bras?lia - Pesquisa estimulada realizada pelo CNT/Sensus entre os dias 23 e 25 de outubro, divulgada na manhã de hoje, mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser reeleito com vantagem de 24 pontos porcentuais sobre o seu opositor, Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo o levantamento, Lula deve obter 57,5% das preferências e Alckmin 33,5%.
Os votos brancos e nulos somam 3,3% e os indecisos, 5,9%.
Lula obteve 63 2% dos votos válidos e Alckmin, 36,8% e, segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, o resultado significa a consolidação dos votos em favor de Lula.
Essa é a única pesquisa feita pelo CNT/Sensus para o segundo turno, por isso há dados comparativos.ALARGAMENTO Na pesquisa espontânea, o presidente Lula manteve a preferência, com 53,9% das intenções de voto contra 31,4% de Geraldo Alckmin.
Os votos brancos e nulos somam 3,5% e os indecisos, 11,3%.
Segundo Guedes, "houve um alargamento das tendências" recentemente e, para ele, a eleição está tecnicamente definida.
Na sua avaliação, na campanha para o segundo turno, Lula teve oportunidade de "sintetizar no consciente coletivo, o que fez no seu mandato".
Outros fatores que reforçaram sua posição foram a forma mais aguerrida de campanha e o fato de as acusações éticas não terem pesado muito. "A questão ética influi, mas não é decisiva", disse.
Guerra analisou, ainda, que o discurso feito pelo PT de que Alckmin iria privatizar estatais, se eleito, também teria sido significativo já que, em sua opinião, certas privatizações passadas reapareceram como "questionáveis".REFLEXO DE MELHORIAS A vantagem de 24 pontos porcentuais do presidente Lula reflete, na opinião de Guedes, a melhoria de vida da população.
Na avaliação dele, os benef?cios econômicos gerados pelo governo superaram as questões éticas.De acordo com a pesquisa, Lula continua à frente na preferência do eleitorado, na maioria das categorias de escolaridade, sexo e renda.
Mas o tucano Geraldo Alckmin tem uma posição mais equilibrada na região Sul entre a população de curso superior e uma posição mais confortável entre os eleitores acima de 10 salários m?nimos.RENDA Entre os eleitores com renda de até 1 salário m?nimo, Lula tem 69,7% e Alckmin 22,6%.
De 1 a 5 salários m?nimos, Lula tem 58% da preferência e Alckmin 32,5%.
De 5 a 10 salários m?nimos, Lula tem 47,7% da preferência dos eleitores, e Alckmin, 42,3%.
De 10 a 20 salários m?nimos, Lula tem 42,9% e Alckmin 47 9%.
Acima de 20 salários Lula tem 31,4% e Alckmin 65,7%.ESCOLARIDADE Já em relação à escolaridade, entre os eleitores até a 4ªsérie do ensino fundamental, Lula obteve 63,5% da preferência e Alckmin 26,5%.
De 5ª a 8ª série, Lula teve 63,9% e Geraldo Alckmin, 28,6%.
Entre as pessoas com ensino médio, Lula teve 52,8% da preferência e Alckmin, 38,6%.
Entre os eleitores com curso superior, Lula tem 35,8% e Alckmin 53,2%.NORDESTE Em relação às regiões.
O Nordeste continua sendo o ponto forte do presidente Lula, com 74,8% da preferência e Alckmin, 18,6%.
No Sudeste Lula tem 50,9% da preferência e Alckmin, 36,7%.
Na região Sul, Lula e Alckmin estão equilibrados: Lula com 45,5% da preferência e Alckmin, 45,2%.
Na região Norte e Centro-Oeste, Lula está com 58,3% e Alckmin, 38 4%. "Esses dados minam a tese da divisão do Pa?s", afirmou Guedes, referindo-se às afirmações de que Lula teria maior apoio no Norte e Nordeste.REJEIÇÃO A rejeição ao presidente Lula subiu de 27,3%, no final de setembro, para 33,6% na pesquisa de 23 a 25 de outubro.
O candidato de oposição, o tucano Geraldo Alckmin, também teve aumento na sua rejeição pelos eleitores, de 41% para 45%.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, candidato com rejeição acima de 40% "está fora do jogo pol?tico".
CEN??RIO REPETIDO Guedes recordou que o cenário de vitória de Lula já estava sendo mostrado ao longo das edições anteriores da pesquisa, por causa da rejeição menor. "Ao longo das pesquisas, sab?amos que o produto eleitoral vencedor mais provável é o que está efetivamente ocorrendo", disse Guedes.
A pesquisa CNT/Sensus mostra que Lula seria o único candidato em que 49,6% dos entrevistados votariam.
Em setembro, esse ?ndice era de 44,3%.
Já no caso de Alckmin, 32,9% dos entrevistados agora disseram que o tucano seria o único candidato em que votariam; em setembro, esse porcentual era de 18,5%.