Da Folha OnlineO coordenador da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), afirmou nesta segunda-feira que as pesquisas internas do PSDB dão a garantia de uma vitória do tucano no segundo turno das eleições. "O resultado vai ser surpreendente, porque o povo pensa."Já o coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, Marco Aurélio Garcia, acredita que o povo irá optar pelas transformações realizadas pelo governo Lula. "No dia 29, vamos ter uma manifestação em favor da transformação do Brasil", disse Garcia. "Os dados são indiscut?veis.

O que houve no pa?s [no mandato de Lula] foi uma transformação muito importante", reiterou.Os coordenadores das campanhas do PT e do PSDB participaram hoje de um debate promovido pela Folha de S.Paulo.Guerra e Garcia também falaram sobre a disputa ter ido para o segundo turno. "Lula foi surpreendido pelo fato de o primeiro turno não ser dele, mas do povo", disse o tucano.Para o coordenador petista, o segundo turno permitiu uma qualificação de projetos. "Não uma eleição entre Lula e Alckmin, mas uma eleição entre dois Brasis diferentes."DossiêGuerra falou sobre o escândalo da compra de um dossiê pelo PT contra pol?ticos tucanos. "Dois milhões na campanha de Alckmin eu saberia.

Será que Garcia não saberia disso na campanha dele [do PT]", questionou.Os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos foram presos pela Pol?cia Federal com R$ 1,7 milhão, dinheiro que seria utilizado na compra do dossiê.

A PF tenta descobrir a origem do dinheiro."A ética se expressa pela capacidade de averiguar as denúncias e por punir os envolvidos.

Nós não abafamos CPIs, elas funcionaram.

Nós não tivemos um engavetador da República", afirmou o coordenador petista questionando a transparência do governo do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, per?odo em que foram engavetados 69 pedidos de CPIs."Queremos transparência, limpeza, para ganhar ou perder.

Já votei no presidente Lula, mas isso [o escândalo do dossiê] é a decadência do sistema do poder", rebateu o tucano.Garcia afirmou que, nesta reta final, Lula vai diminuir a campanha de rua devido aos debates e entrevistas marcados para esta semana.

Segundo ele, não há clima de "eleição ganha" entre os petistas, porque todo eleição está sujeita a modificações.PrivatizaçõesO coordenador tucano falou também sobre a questão das privatizações que a campanha do presidente Lula tem usado contra seu adversário. "Não vamos privatizar, não vamos acabar com o Bolsa Fam?lia.

Isso foi falado para confundir o eleitor brasileiro.

Privatizar é assunto de agenda de campanha do presidente Lula no segundo turno."Garcia, por sua vez, afirmou que foi Alckmin quem afirmou no in?cio da campanha que a privatização seria sua segunda prioridade. "Não é terrorismo eleitoral, como diz a oposição, é o aroma que exala de toda a trajetória pol?tica [do PSDB]."EconomiaPara o coordenador petista, a grande aposta de Lula, num eventual segundo mandato, para garantir o aumento do investimento e evitar a crise fiscal, é o crescimento da economia.

Ele ainda defendeu a racionalização dos gastos do Estado.Guerra, por sua vez, defendeu a proposta de Alckmin de acabar com o desperd?cio. "Evitando o desperd?cio, vamos conseguir baixar os impostos e conter os gastos.

Vamos valorizar os recursos públicos, trabalhar de forma ortodoxa, além de valorizar as carreiras.

Vamos atribuir a gestão pública à seriedade."Segundo o coordenador tucano, o atual governo gasta 70, 80% do orçamento em três meses. "Às vésperas das eleições, os recursos são liberados porque são necessários para o arranjo eleitoral.

Temos que levar o Brasil a sério.

Vamos fazer reforma pol?tica e não mensalão."Leia mais aqui.