O candidato do PT ao Governo, derrotado no 1º turno, Humberto Costa, não quer nem ouvir falar em participação num eventual governo de Eduardo Campos (PSB).
Pelo menos não agora. "Esse tipo de discussão dá azar.
A gente tem que ganhar a eleição primeiro.
Estou no processo de garantir a vitória da esquerda no poder.
Não gosto nem de falar disso", desconversou Humberto, em entrevista à Cec?lia Ramos, repórter do Blog, após o debate da TV Jornal, ontem à noite.
Ex-ministro da Saúde e ex-secretário de Saúde do Recife (gestão do prefeito João Paulo/PT), Humberto poderia assumir a pasta, em caso de um convite do socialista.
No entanto, nos bastidores, o nome cotado para assumir a secretaria é o do deputado e médico Jorge Gomes (PSB).
Ele foi para o sacrif?cio ao disputar uma vaga no Senado contra o favorito Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Com a disputa, não renovou o mandato.
Humberto quer provar inocência Uma liderança próxima ao ex-ministro da Saúde disse ao Blog que Humberto já antecipou o seu projeto prioritário: provar a inocência no caso da Operação Vampiro, pela qual ele foi indiciado pela Pol?cia Federal e Ministério Público. "Somente depois disso ele vai pensar em cargos ou em voltar a disputar um mandato", disse a fonte.
Humberto também se posicionou, em discussões com lideranças que apoiaram sua candidatura e que hoje seguiram para o palanque de Eduardo, em não pleitear cargos numa eventual gestão do PSB.
O petista deixou a disputa pelo governo no 1º turno com 1.008.842 dos votos (25,14%).
Uma votação expressiva para quem teve a candidatura minada pelo indiciamento da PF.
Humberto conseguiu a transferência dos seus votos para Eduardo.
Isso o transformou no fiel da balança da provável vitória da esquerda e o credenciou para assumir uma posição de destaque no governo, se o PSB realmente optar por uma gestão plural.
Debate da TV Jornal Humberto Costa gostou do debate deste domingo, promovido pela TV Jornal.
Elogiou a postura dos candidatos e achou que houve mais espaço para a discussão de propostas. "Gostei do debate.
Foi um n?vel melhor que o anterior.
Desta vez, Mendonça veio bem menos agressivo e isso permitiu que o debate circulasse entre programa de governo e propostas.
Eduardo estava bem, firme, seguro.
Foi bem a contento pra gente".