Da Agência Estado O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou aos pouqu?ssimos interlocutores com quem conversou sobre a composição do novo ministério, caso seja reeleito, que a Casa Civil ficará totalmente fora da interferência pol?tica.

Lula julga ter acertado em cheio na escolha de Dilma Rousseff (PT) para substituir José Dirceu - que caiu em desgraça após o escândalo do mensalão - e pretende mantê-la no cargo.

Com estilo conservador, o presidente não planeja guinada nem grandes mudanças na equipe, mas sabe que terá de reduzir o espaço do PT, hoje com 15 das 34 pastas.

Apesar dos rumores, Lula não deu sinais, por enquanto, de que trocará o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

O deputado não reeleito Delfim Netto, hoje no PMDB, poderá ter influência ampliada no segundo governo do PT, mesmo como consultor.

Lula tem simpatia por Delfim, que foi ministro da Fazenda na época do “milagre econômico??? (1967-1974) e o apóia desde 2002.

Mas ainda não o convocou para nenhuma missão.

Já confessou, no entanto, que alguns nomes martelam na sua cabeça.

Quer chamar de volta, por exemplo, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB-CE), eleito deputado com a maior votação proporcional do Pa?s.

Integrante da tropa de choque da campanha de Lula, Ciro poderá ser “puxado??? para a Saúde, hoje nas mãos de José Agenor ??lvares da Silva - o ministro cujo nome o presidente nunca se lembra, quando provocado pelo adversário do PSDB, Geraldo Alckmin Quem estava de olho na vaga era o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato derrotado ao governo paulista.

Mas Mercadante que quase virou ministro da Fazenda, ficará de novo fora da escalação.

No inferno astral, foi atingido pela crise do dossiê contra tucanos.

O presidente não esconde que considera Ciro um “curinga???.

No seu diagnóstico, o deputado cearense, dono de l?ngua afiada, tem potencial para ser deslocado para qualquer área. “Se há um aliado que eu sei que me defende é o Ciro???, diz ele.