Por Inaldo SampaioDo Jornal do Commercio Apesar de ter conseguido manter na Câmara praticamente o mesmo número de deputados federais da atual legislatura (tinha 65 parlamentares e conseguiu eleger 66), o Partido da Frente Liberal, sucedâneo da Arena e do PDS, que deram sustentação ao regime militar, teve a sua pior performance eleitoral dos últimos 15 anos em Pernambuco.

Da “era Jarbas??? para cá (1998-2006), quando resolveu aliar-se ao PMDB para constituir a coligação União por Pernambuco, o PFL só fez encolher.

A forte capilaridade que tinha no interior praticamente desapareceu.

Chegou a ter lideranças fortes em todas as cidades médias do Estado, mas devido à proliferação de partidos de baixa estatura - as chamadas “legendas de aluguel??? - foi perdendo aos poucos a sua hegemonia para o PMDB-PSDB.

O partido viveu o seu melhor momento quando conquistou o governo estadual em 1990, com a candidatura do então prefeito do Recife Joaquim Francisco.

Como as “legendas de aluguel??? ainda eram poucas, elegeu 14 deputados federais, contra 11 dos partidos de oposição. (…) Nesta eleição de 2006, sem dispor de “cauda??? eleitoral, o PFL voltou a encolher em relação a 2002.

Elegeu apenas três federais (Magalhães, André de Paula e José Mendonça) e 8 estaduais.

Perderam a eleição para a Câmara Federal Joaquim Francisco, Osvaldo Coelho, Carlos Batata e Salatiel Carvalho.

O deputado Marcos de Jesus (eleito pelo PL em 2002) teve o seu nome envolvido no escândalo das sanguessugas e não se candidatou.

E o deputado Joel de Holanda desistiu da recandidatura.

Além disso, o PFL perdeu Inocêncio Oliveira para o PL e José Múcio para o PSDB e posteriormente PTB.

Partido não se renovou e acabou encolhendo nos legislativos Não foi apenas no plano estadual que o PFL perdeu musculatura, nas eleições 2006, em relação ao pleito de 2002.

O partido teve um desempenho razoável na eleição para o Senado ao eleger Maria do Carmo Alves (SE), Kátia Abreu (TO) e Eliseu Resende (MG) e quase elegendo Afif Domingos na chapa do tucano José Serra, em São Paulo.

Mas, em compensação, perdeu na Bahia com Rodolpho Tourinho, no Ceará com Moroni Torgan e em Alagoas com José Thomaz Nonô, três de suas lideranças mais expressivas.

Na eleição para os governos estaduais, o seu desempenho também foi med?ocre.

Elegeu apenas um governador no primeiro turno (José Roberto Arruda, do Distrito Federal) e está no segundo com apenas dois representantes: Mendonça Filho (PE) e Roseana Sarney (MA).

Ambos estão em desvantagem nas pesquisas de opinião e devem perder a eleição para os adversários Eduardo Campos (PSB) e Jackson Lago (PDT), respectivamente.

Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).