Por Ana Lúcia AndradeDo Jornal do Commercio SERRA TALHADA - Visivelmente cansado, quase sem voz e exibindo um entusiasmo bem diferente do que demonstrou na chamada "caminhada da vitória", quinta-feira, no Recife, o governador-candidato Mendonça Filho (PFL) fez, ontem à noite, uma breve carreata, seguida de um rápido e improvisado com?cio, nesta cidade do Sertão do Pajeú, onde perdeu para os dois postulantes ao governo do Estado no primeiro turno: Eduardo Campos (PSB) e Humberto Costa (PT).

A animação do evento só foi garantida porque o prefeito Carlos Evandro (PFL) foi fiel ao compromisso de – mesmo fechando com o deputado federal reeleito Inocêncio Oliveira (PL) no primeiro turno (romperam dopois) –, manter-se do lado de Mendonça. "Se ele (Mendonça) só tiver dois votos aqui serão o meu e o de minha mulher.

Mas acho que ele tira mais um bocadinho", brincou o prefeito.

Dezendas de carros, motos, e vários militantes com bandeiras foram espalhados pelas ruas por onde seguiu a carreata para garantir público.

A cidade estava vazia.

Quase a totalidade dos estabelecimentos por onde passou o cortejo estava fechado.

E um pequeno acidente, logo no in?cio – o atropelamento de um garoto de 11 anos por um motociclista – tencionou ainda mais o governador Mendonça Filho, que ficou com uma imagem visivelmente alterada, a ponto de sua assessoria orientá-lo a sorrir.

No final do evento, Mendonça visitou, no hospital, o garoto Vitor Filipe, que fraturou o fêmur esquerdo mas passava bem.

Em uma rápida mensagem aos eleitores de Serra Talhada, Mendonça falou muito mais da importância de reeleger o prefeito Carlos Evandro, em 2008 – num gesto de extrema gratidão ao aliado – do que em favor de sua reeleição.

Mas repetiu a necessidade de um "esforço redobrado", nessa última semana de campanha, e pediu, num discurso de menos de dez minutos em frente à sede de seu comitê, que a militância não se deixe levar pela impressão de que a eleição já está decidida, em função da desvantagem que apresenta em todas as pesquisas divulgadas até agora. "Ninguém ganha eleição de véspera.

Tem de trabalhar todo dia, até o dia da eleição", recomendou.