Acabei de postar na seção Entrevistas, na coluna ao lado, uma rica conversa entre Renato Lima, repórter de Economia do Jornal do Commercio, e o cientista pol?tico, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco e colaborador freqüente do Blog, Túlio Velho Barreto, sobre qual foi o novo Congresso Nacional que saiu das urnas em 1º de outubro.
Abaixo, alguns trechos da entrevista.
Do resultado das urnas para o parlamento, é poss?vel dizer que o eleitor passou algum recado?Túlio Velho Barreto - Não entendo que tenha havido um recado claro, nem sequer um único recado.
O eleitorado não é homogêneo, portanto, não podemos tratá-lo como um ator pol?tico.
Por exemplo, qual o recado do eleitorado pernambucano ao não reconduzir o ex-presidente da Câmara Federal Severino Cavalcanti, deixando-o, se não me engano, na primeira suplência da coligação da qual o PP fez parte?
Que deseja ver longe da Câmara Federal qualquer envolvido com escândalos?
Então, qual o recado que o eleitorado de São Paulo deu ao reeleger o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha envolvido no chamado escândalo do mensalão?
Que o absolveu?
E mais: qual o recado que o eleitorado paulista deu elegendo o ex-deputado federal Paulo Maluf, e com uma grande votação?
E ao eleger Clodovil, igualmente com enorme votação? (…) O congresso que foi eleito pode se tornar mais dif?cil de governabilidade do que o que deixa o poder?TVB - É dif?cil de responder categoricamente sua pergunta.
A resposta depende de uma série de fatores que ainda desconhecemos.
Por exemplo, não sabemos ainda quem será o próximo presidente; não sabemos ainda qual a influência da cláusula de barreira sobre os pol?ticos e os partidos; não sabemos ainda qual será o comportamento das oposições ao próximo governo…
Entretanto, posso dizer que, os problemas que normalmente associamos à governabilidade - que, para mim, confesso, é um conceito um tanto quanto vago - estão mais associados aos arranjos institucionais adotados no Brasil a partir do final do regime militar, que, em alguma medida, ainda tem muito dele, inclusive.
Leia aqui a entrevista completa.