O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin ainda pode crescer nas próximas pesquisas porque embora elas apontem que o presidente Lula da Silva tem uma margem de até 20 pontos percentuais, também, dizem que o tucano manteve os seus 41% dos votos que recebeu no primeiro turno e que poderá crescer na reta final.
A opinião e do marquetiro pol?tico Marcelo Teixeira da Makplan.
Para o publicitário que antecipou, aqui no Blog, que a eleição iria para o segundo torno uma semana antes dos institutos de pesquisa afirmarem que os dois candidatos tinham 50% dos votos não houve rigorosamente nenhum fato que aponte que todos os votos que Geraldo Alckmin não teve no primeiro turno migraram automaticamente para Lula.
Teixeira adverte que não contesta os números das pesquisas, mas não identifica razões consistentes que justifiquem um salto tão firme e lembra que nenhuma pesquisa uma semana antes da eleição previu que ele teria 41% dos votos.
Ele acha que com ainda falta uma semana e dois debates, Alckmin pode reagir.
E não acredita que a eleição esteja decidida.
Ele lembra que no 2º turno e 2002, em plena "Onda Lula", José Serra subiu de percentual (23,20% no primeiro turno e 38,73% no segundo) porque a tendência no dia da eleição e que o eleitor passe a prestar a atenção no pleito e tome sua posição.
De qualquer forma, segundo Teixeira, uma eventual reeleição de Lula da Silva significa que ele vai governar um pa?s dividido.
Esse e o fato novo do cenário pol?tico nacional.
O que os pol?ticos chamam de 3º turno, ele chama de um governo de crise continuadas porque as investigações no Congresso vão continuar e, naturalmente, podem chegar ainda mais próximo dele.
Esse fato, somando ao de que o pa?s se dividiu eleitoralmente, tornam um futuro governo Lula um foco de crise.
O primeiro turno, diz ele, já sinalizou isso.
Lula, se vencer a eleição, o fará com os votos do Norte e do Nordeste.
Dos mais pobres em oposição ao mais ricos do Sul e Sudeste.
Entre os menos escolarizados e os com maior número de anos de escola.
Ou seja: um sentimento de separatismo acirrado e que ele vai precisar reverter.
Neste aspecto, diz Marcelo Teixeira, Geraldo Alckmin levaria vantagem, pois estaria com mais capital pol?tico na Região que comanda a economia do pa?s e poderia propor o discurso de união nacional com a redução das desigualdades