O guia do governador-candidato Mendonça Filho (PFL) apostou alto na popularidade do senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB) para tentar reverter a situação dif?cil do pefelista apontada na pesquisa Ibope, divulgada hoje.
A entrevista, que foi ao ar agora à noite, durou sete minutos e quarenta e cinco segundos e a entrevistadora foi Aline Matheus, apresentadora do programa eleitoral do pefelista.
A ?ntegra da entrevista foi repassada pela assessoria de imprensa de Mendonça.
Veja abaixo trechos e, a ?ntegra, aqui (seção ao lado, em Entrevistas).
Aline Matheus - Muito se tem falado nessa campanha sobre a situação em que Pernambuco se encontrava em 1999, quando Jarbas e Mendonça assumiram.
Ninguém melhor do que o próprio ex-governador e hoje senador, Jarbas, para contar essa história.
Vamos começar pelas Finanças.
Senador, qual era de verdade a situação financeira do Estado?
Tinha dinheiro no caixa ?
Jarbas Vasconcelos - Nada.
Era de caos absoluto.
Nós encontramos o Estado numa situação financeira deplorável, em atraso com o funcionalismo público, três folhas de pagamento para pagar, restos a pagar enormes, uma conta enorme para pagar, fornecedores que não queriam mais prestar serviços, ou seja, vendiam seus produtos para o Estado porque o Estado estava em débito.
AM - E na área social, em que situação o sr. encontrou a saúde, a segurança, a educação ?
JV - Isso praticamente era inexistente no Estado.
Existia porque tinha que existir mesmo.
No caso da saúde, vinte e quatro dos hospitais regionais do Estado estavam completamente degradados.
O Hospital da Restauração era um hospital de horror.
AM - Por que a sua coligação, a União por Pernambuco, responsabiliza Eduardo Campos por essa situação?
JV - Porque foi quem governou de fato.
O doutor Arraes, avô de Eduardo Campos, entregou praticamente o comando do Estado a ele.
Foi ele quem engendrou a operação dos precatórios, foi buscar know-row, quer dizer, ensinamento de Maluf, Pitta, em São Paulo.
O povo às vezes fica sem saber o que é precatório.
Deixa precatório de lado, foi uma operação altamente danosa para o estado.
Quinhentos milhões de reais, à época, para pagar 21 milhões de precatórios.
AM - Então, qual foi o papel do seu vice-governador e hoje governador, Mendonça Filho?
JV - Ele foi fundamental.
Ele governou o Estado comigo, junto comigo, colou comigo.
Era responsável.
Pegou um amplo conhecimento dos problemas do Estado de Pernambuco.
Nós dividimos tarefas.
Muitas coisas eu ficava com elas e outras delegava para ele.
Ele ia a Bras?lia, me ajudava nas coisas.
Ele era um vice competente, muito leal, honesto, nunca se envolveu com maracutaia.
Vinte anos de vida pública com as mãos limpas.