Por Fábio GuibuNa Folha de S.Paulo de hoje Liderando pesquisa sobre a disputa do segundo turno ao governo de Pernambuco, o candidato Eduardo Campos (PSB), 41, afirma ser contra a reeleição, mas não garante que estará fora da disputa por um novo mandato, em 2010, caso seja eleito e as atuais regras sobre o tema sejam mantidas até lá.
Campos, neto do ex-governador Miguel Arraes e secretário da Fazenda no governo dele, disputa o segundo turno com o governador José Mendonça Filho (PFL), que assumiu o cargo quando Jarbas Vasconcelos (PMDB) renunciou para concorrer ao Senado.
Pesquisa Ibope divulgada no dia 11 mostra o socialista com uma vantagem de 22 pontos percentuais.
Com 33,81% dos votos válidos no primeiro turno, Campos tem agora 61%, graças ao apoio dos candidatos derrotados, principalmente de Humberto Costa (PT).
O governador manteve, na pesquisa, os mesmos 39% que conquistou no primeiro turno.
Os dois tentam atrelar seus nomes aos dos pol?ticos mais influentes no Estado: Jarbas, no caso de Mendonça Filho, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no caso de Campos.
FOLHA - Como o sr. avalia o resultado da pesquisa?
EDUARDO CAMPOS - Como conseqüência direta de uma campanha muito bonita, que fizemos praticamente de porta em porta.
Agora, as pesquisas não mudam nosso rumo.
No primeiro turno, elas nos eram desfavoráveis.
Agora, a vantagem é nossa e queremos que a situação seja a mesma até o dia da eleição.
FOLHA - O segundo turno no Estado está marcado pelo apoio do presidente Lula e do senador eleito Jarbas Vasconcelos.
Até que ponto eles podem fazer a diferença?
CAMPOS - Os apoios marcam os campos, mas o que ganha o jogo são as idéias que se defendem, a história que se carrega, e a militância.
O presidente Lula tem aqui uma militância que vai além dos partidos.
FOLHA - O sr. diz que é contra a reeleição.
Há então um compromisso de, se eleito, daqui a quatro anos, não tentar se reeleger?CAMPOS - Sempre defendemos, inclusive meu partido, que o instituto da reeleição não é bom.
Acho melhor um mandato de cinco anos.
Mas falar sobre daqui a quatro anos é precipitado.
Se depender da minha vontade, não serei candidato a governador.
Mas, daqui a quatro anos, o que esse conjunto pol?tico que está nos elegendo vai esperar de mim?
Isso só será visto daqui a quatro anos.
Leia aqui a entrevista completa (assinantes Folha e UOL).