Da Agência Estado São Paulo - Os ataques contundentes perderam a vez no terceiro dia de programa dos presidenciáveis na televisão.

As cobranças dirigidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre explicações a respeito da origem dos R$ 1,75 milhão para a compra do dossiê Vedoin foram suprimidas do programa do PSDB.

E a propaganda petista não afirmou que o tucano Geraldo Alckmin planeja retomar o programa de privatizações feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

As menções aos adversários acabaram se resumindo à repetição dos bordões e jingles das duas campanhas: a de Lula conclamando o povo a não trocar "o certo pelo duvidoso" e a de Alckmin encorajando os eleitores a apostar em seu nome, a trocar "o errado pelo certo".

Os petistas abriram hoje o programa eleitoral na TV usando os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas pelos jornais durante a semana para mostrar a ampliação da vantagem de Lula em relação a Alckmin, um diferença superior a 10 pontos.

Nos dez minutos de programa, Lula deu três breves declarações, nas quais ressaltou o programa Bolsa-Fam?lia e sua preocupação com a educação, afirmou ter "equilibrado a economia". "Estamos no rumo certo, mas o caminho é longo", disse Lula, prometendo ampliar os investimentos . "O importante é prosseguir", decretou, pedindo mais quatro anos de governo.

Ao final, Lula declarou ter "um novo plano de governo muito mais ambicioso que o primeiro".

Em seguida, complementou que apesar do termo ambicioso, o projeto seria "mais realista" por sua experiência no Planalto e em função de ter lançado as bases para isso.

Alckmin repetiu o programa de televisão exibido no dia anterior com propostas para a área da saúde.

O candidato tucano ressaltou os números de sua gestão como governador de São Paulo e prometeu implantar no governo federal programas como o Dose Certa e os mutirões da saúde, criados por José Serra quando era ministro da Saúde e usados no governo paulista.