Do site Contas Abertas O último debate entre os presidenciáveis (08/10) foi bastante acalorado.

Com farpas vindas de ambos os lados, os eleitores tiveram que se contentar com a troca de acusações entre o atual presidente Lu?s Inįcio Lula da Silva e seu adversário Geraldo Alckmin, ao invés de ouvir uma discussão sobre as tão esperadas e, nunca mencionadas, propostas de governo.

Uma das muitas polêmicas levantadas, foram as despesas com viagens.

Alckmin acusou o atual presidente de gastar muitos recursos da União em passagens e diárias.

Lula, por sua vez, rebateu que os números de seu governo são semelhantes ao dos outros.

Afinal, qual dos dois estaria correto?

O candidato do PSDB nćo se enganou ao afirmar que a atual gestão destinou mais de R$ 700 milhões ą viagens em 2006.

Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), foram tirados dos cofres públicos R$ 456,2 milhões para diárias e R$ 433,7 milhões para passagens aéreas, totalizando R$ 889,9 milhões gastos até o dia 9 de outubro deste ano.

Esses valores incluem diárias com civis, militares e colaboradores, tanto no pa?s quanto no exterior.

Alckmin também afirmou que os gastos com viagens superaram a quantia utilizada para o Reaparelhamento Militar.

O que também é verdade jį que o governo destinou, até o dia 7 de outubro deste ano, R$ 773,9 milhões (sem contar os restos a pagar pagos) para esse fim.

Em sua réplica, Lula se defendeu.

Disse que os números de sua gestão são semelhantes aos do governo Fernando Henrique Cardoso.

Ele também não estava errado.

Na verdade, foi até generoso, visto que em seus dois mandatos, FHC gastou mais do que o atual presidente.

De 95 a 98, a União desembolsou R$ 5,7 bilhões, em valores corrigidos (IGP-DI/FGV), com diárias e passagens.

Nos quatro anos seguintes, foram R$ 5,5 bilhões.

Já no governo petista, até outubro de 2006, foram 4, 5 bilhões.

Mesmo com o ano não terminado, é dif?cil que Lula ultrapasse FHC, jį que os valores gastos no decorrer do seu mandato foram, em sua maioria, menores que os do tucano.

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