Do blog de Reinaldo Azevedo Os números do Datafolha, vamos ver se coincidentes com os do Ibope, são um balde d’água gelada no clima de otimismo que tomou conta da campanha de Geraldo Alckmin depois do debate de domingo, em que o tucano foi visivelmente superior.

O risco, agora, é perder o rumo.

A ascensão, que vinha discreta, mas constante, começou quando houve uma inflexão na campanha, e esta passou a ser mais cr?tica, confrontando Lula.

O dossiê fajuto do PT contra José Serra levou a disputa para o segundo turno.

O comportamento de Alckmin no debate marcou a guinada clara, sem ambigüidades.

O risco é retornar ao padrão anterior de campanha, com um candidato tecnocrático tentando confrontar um Lula que, sem preju?zo de ser triunfalista, vai agora jogar também no ataque.

A esta altura, já há algumas toneladas de papel dando conta de que foi um grande erro atacar o petista no debate; que Alckmin fugiu ao seu natural; que deveria ter mantido a linha que o levou ao segundo turno - ocorre que a tal “linha??? teria morrido no primeiro.

O escândalo levou a disputa para o outro tempo.

Assim, a única sa?da de Alckmin é continuar a bater em Lula com severidade, expondo-se, também, ao contra-ataque, é óbvio.

Até que o imbróglio do dossiê esteja no quintal do presidente - e está, a despeito de Gedimar Passos inocentar Freud Gody -, a candidatura de Lula está maculada.

Mesmo que venha a vencer.