O governador Mendonça Filho (PFL) fez quase tudo correto nesta eleição, em Pernambuco.

Acertou desde quando ainda disputava com o senador Sérgio Guerra (PSDB) a indicação como candidato da União por Pernambuco.

Partiu na frente empurrado pelos altos ?ndices de popularidade dos dois governos Jarbas/Mendonça e pela força da coligação que representa.

Onde, afinal, a União errou?

Por que Eduardo Campos (PSB) alcançou 20 pontos percentuais de dianteira em relação a Mendonça (56% a 36%) na pesquisa TV Globo/Ibope, divulgada há pouco? É dif?cil falar daquilo que não ocorreu, de uma estratégia que não foi adotada, de um guia eleitoral que não foi feito, enfim, daquilo que poderia ter sido a história e não foi (até agora, ressalte-se).

O certo, porém, é que muitos debates estão acontecendo na aliança governista e muita gente avalia que a estratégia de ataques adotada até agora não foi a mais adequada.

Certamente dirão que ela foi, sim, correta, tirou Humberto Costa (PT) do caminho.

Ora, isso ocorreu mesmo, mas o eleitorado do petista e a vaga no segundo turno foram jogados no colo de Eduardo Campos (PSB).

Um governo com alta popularidade, com um menu gigantesco de obras e investimentos para apresentar e com poder para adotar medidas como a da redução do ICMS da Celpe, dizem alguns analistas, deveria investir numa campanha pra cima, focada na construção do candidato e não na desconstrução dos adversários.

A 18 dias da eleição, vai ser preciso muito mais do que calma e sangue frio na União para se tomar as decisões corretas e se fazer ajustes na campanha.

Eleição, como até Severino Cavalcanti já está careca de saber, não se define em pesquisas.

Só nas urnas.

O jogo, portanto, não está perdido – como sonham levas e levas de socialistas -, muito menos será ganho na base do mão-na-cara-pé-no-bucho.