O prefeito do Recife está concedendo entrevista à imprensa neste momento.

Cec?lia Ramos, repórter do Blog, está lá.

Conforme o Blog antecipou, ele recusou o apelo de Humberto Costa (PT) para que pedisse licença do cargo e mergulhasse na campanha de Eduardo Campos (PSB) contra Mendonça Filho (PFL). (Leia sobre isso mais abaixo).

Na verdade, como admitiu há pouco, não gostou nem um pouco do pedido de Humberto. "Fui tomado de surpresa pela declaração (de Humberto).

Até porque, se é para tratar do meu afastamento, teria que ser uma coisa combinada comigo.

Quem me conhece sabe como eu fiquei na hora (fez cara de espanto)", afirmou, ressaltando que não falou com Humberto para dar essa entrevista – só com Dilson Peixoto, presidente estadual do PT.

João Paulo (PT) disse ainda que sabe muito bem conciliar o trabalho na prefeitura com campanhas eleitorais e ressaltou que já demonstrou isso no passado.

Em tom de desabafo, lamentou as cr?ticas que tem recebido por conta do engajamento dele no primeiro turno: "Debitar a derrota de Humberto nas minhas costas é injusto comigo.

Não se trata de escolher um bode expiatório.

Faz parte da pol?tica (ganhar e perder)".

Acompanhado de seus fiéis assessores - João da Costa, L?gia Falcão e Múcio Magalhães -, fez uma longa análise dos fatores que levaram Humberto à derrota: "Acho que nós temos que ter muita humildade nas vitórias, mas também nas derrotas.

A gente tem que aprender com as derrotas.

Não podemos debitar na minha conta não termos passado para o segundo turno, muito menos questionar minha participação na campanha".

Na avaliação dele, houve o seguinte. "Tivemos dificuldades na estratégia e na tática.

Tivemos difculdades de organziação.

Isso combinado com erros nacionais.

Acontecimentos no âmbito nacional que repercutiram aqui (ele não citou quais, nem mesmo o escândalo do dossiê contra José Serra, que atingiu o PT)". "E tivemos ataques fort?ssimos de nosso adversário".

Sobre os ataques, ressaltou que "não é a primeira vez que os candidatos recebem ataques.

Eu vivi isso aqui nas três eleições que disputei.

Todos nós somos v?timas de ataques".

Na opinião de João Paulo - conforme também antecipamos -, faltou tempo na campanha de Humberto para destacar os pontos positivos da gestão do prefeito no Recife.

Os ataques impossibilitaram isso, afirmou.

O tempo era curto e teve que ser consumido em grande medida com a defesa de Humberto. "Isso colaborou para que não fôssemos para o segundo turno".

Com relação à vitória de Mendonça no Recife, João Paulo disse que a oposição (a Mendonça) teve uma grande votação com a soma do que receberam Eduardo e Humberto (54,88% dos votos válidos, contra 41,76% do governador). "Agora, não tivemos capacidade de catalizar isso (a votação maior para Humberto)", admitiu.

Defintivamente, o PT ainda vai lavar muita roupa suja.