Pesquisas internas das duas coligações já mostram Eduardo Campos (PSB) com folgada vantagem sobre Mendonça Filho (PFL) na disputa pelo governo de Pernambuco.
A diferença entre eles varia de 10 a 16 pontos, dependendo do instituto.
Os levantamentos feitos pela coligação União por Pernambuco nos últimos dias apontam uma vantagem em torno dos 10 pontos percentuais.
Já os da Frente Popular de Pernambuco, fechados ontem à noite, chegam a 16.
Nos dois casos, Mendonça estaria na casa dos 40; Eduardo, na dos 50.
A vantagem deverá ser confirmada ao longo da semana com a primeira série de pesquisas públicas deste segundo turno.
Teremos gente em campo fazendo levantamentos - já confirmados - para o Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco e TV Globo.
Abrir vantagem agora tem um efeito psicológico importante.
Motiva o palanque das oposições, desmotiva o do governo, mas, principalmente, deixa ambos extremamente tensionados.
A perspectiva de poder, a pressão para que não se cometa erros e as mudanças de rota necessárias numa nova disputa (o 2º turno) foram ingredientes importantes para provocar a sa?da de Raimundo Luedi, seu mais talentoso marqueteiro, do guia eleitoral de Eduardo.
Luedi deu importante colaboração à vitória do prefeito João Paulo (PT), no Recife, em 2004.
Ajudou numa virada surpreendente.
E estava ajudando agora em nova virada, a de Eduardo, que manteve-se em terceiro lugar nas pesquisas ao longo de toda a pré-campanha e da campanha.
Luedi é sócio minoritário da Link Propaganda.
O majoritário é Edson Barbosa, que respondeu no primeiro turno e continuará respondendo agora pela coordenação geral de marketing da campanha.
Edson e Luedi são marqueteiros experientes, mas se desentenderam nos últimos dias.
Os detalhes das divergências entre eles são guardados a sete chaves pela cúpula da campanha socialista.
Há um esforço monumental para evitar que essa briga se torne pública.
Liderando o segundo turno, Eduardo não pode errar.
Procurado pelo Blog, Raimundo Luedi tentou minimizar o problema.
Disse que deixou a campanha por dificuldades particulares, estaria, segundo ele, com problemas na fam?lia, que mora em Bras?lia. "Saio num momento bom da campanha porque precisava sair.
Não há nada de brigas com meu sócio.
Continuamos sócios e amigos.
Eu preciso voltar para Brasilia agora", justificou.
A assessoria de imprensa de Eduardo dá resposta semelhante sobre o problema.