Restaram poucos caminhos ao deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB), campeão de votos em Pernambuco e principal l?der da Frente Trabalhista (PTB e PMN) no Estado.
Caberá a ele, por delegação da Frente, decidir quem apoiará neste segundo turno - se Eduardo Campos (PSB) ou Mendonça Filho (PFL).
Houve muitas romarias desde ontem até o escritório dele, na Ilha do Leite, no Recife.
Muitos telefonemas.
Dezenas o procuraram para conversar.
O governador Mendonça Filho, pessoalmente, fez diversos contatos.
Antônio Lavareda, marqueteiro de Jarbas/Mendonça, atuou fortemente desde a noite de ontem.
O próprio Jarbas Vasconcelos (PMDB) se prontificou a dar declarações públicas em favor da aliança com Armando e seu grupo - mas desde que houvesse certeza disso.
O deputado federal José Mendonça (PFL), pai do governador, esteve com Armando.
Raul Henry (PMDB), deputado estadual e federal eleito com apoio direto de Jarbas, também.
E não parou por a?.
Tem havido uma pressão grande de amigos comuns, familiares (muitos deles têm fam?lias que se entrelaçam) e de grupos empresariais - a Frente Trabalhista é liderada por homens de negócio.
Da parte de Eduardo, a movimentação não foi menos intensa.
O candidato derrotado Humberto Costa (PT) esteve diretamente envolvido nas conversas com Armando e outros trabalhistas.
João Lyra Neto, candidato a vice do socialista, e o deputado estadual José Queiroz, ambos do PDT, têm sido interlocutores fundamentais no diálogo com o grupo de Armando.
O PDT compunha a Frente Trabalhista até o in?cio do per?odo eleitoral, quando se aliou a Eduardo.
Em toda essa movimentação, Armando já conseguiu garantir a unidade do grupo.
Mais.
Chegará ao final com ele bastante valorizado.
Resolveu pendências sérias como a de Serra Talhada, onde o deputado estadual Augusto César (PTB), ex-vice de Humberto, é arqui-rival de Inocêncio Oliveira (PL), aliado de primeira hora de Eduardo.
César aceita seguir a liderança de Armando.
Os deputados José Múcio Monteiro, José Chaves e S?lvio Costa, além de prefeitos, vereadores e l?deres pol?ticos do interior também aceitam.
Mas o caminho de Armando é a aliança com Eduardo.
Após quatro anos de afastamento do governo Jarbas/Mendonça, essa é a direção natural.
Seria incoerente retornar ao governo estadual, dizem fontes ouvidas pelo Blog.
E há Lula.
Tanto Armando quanto Eduardo mantêm relações profundas com o presidente-candidato à reeleição, adversário de Alckmin, nome de Jarbas e Mendonça.
O que falta então?
Pouco.
Há um ritual pol?tico a ser cumprido.
Armando quer de Eduardo compromissos claros com uma série de questões, como a responsabilidade fiscal.
Ele vai cobrar isso amanhã, pessoalmente, durante encontro com o socialista.
Eduardo volta de Bras?lia hoje à noite e, pela manhã, só tem um horário fechado, às 10h - uma visita ao prefeito João Paulo (PT).
Mas nas agendas, tanto dele quanto de Armando, há um horário especialmente vago: 11h30.