“Eu não queria esse apoio.
Não é verdade essa história de que todo apoio é bem-vindo.
Não é???, disse há pouco o ex-governador de Pernambuco e senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB), durante entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, no Recife.
Anthony e Rosinha Garotinho, que governam o Rio de Janeiro, anunciaram ontem o apoio a Geraldo Alckmin (PMDB).
Durante a pré-campanha eleitoral, Jarbas fez o que pôde para que o ex-governador Garotinho não se tornasse candidato do PMDB à presidência da República.
Jarbas nunca escondeu de ninguém que detesta Garotinho.
Na disputa dentro do PMDB, fazia questão de mostrá-lo como o contrário dos l?deres da “banda ética??? da legenda.
E há pouco bateu novamente na tecla de que não concorda com os métodos de fazer pol?tica utilizados pelo casal Garotinho.
Para Jarbas, esse apoio não soma nada.
Essa não é a primeira vez também que Jarbas dá declarações que pouco ajudam Alckmin.
No final do primeiro turno, disse que a candidatura do tucano não havia deslanchado.
Durante o primeiro turno, Alckmin foi exclu?do de toda a propaganda eleitoral da União por Pernambuco, coligação que apoiou o governador Mendonça Filho (PFL) à reeleição e o próprio Jarbas ao Senado.
Até que o Tribunal Eleitoral proibisse, quem apareceu mesmo no guia eleitoral foi Lula, apesar de Alckmin ter dois representantes do grupo de Jarbas em sua campanha.
Ele tem o candidato a vice, senador José Jorge (PFL), que deixou de disputar um novo mandato em favor da candidatura de Jarbas.
Tem ainda o senador Sérgio Guerra (PSDB), coordenador geral da campanha de Alckmin, e que só foi eleito em 2002 graças ao apoio de Jarbas, então governador e candidato à reeleição.
Mais.
Se depender de Jarbas, Alckmin continuará fora da propaganda eleitoral de Mendonça Filho neste segundo turno. "Alckmin tem o tempo dele", ressaltou.
A União por Pernambuco tenta evitar a nacionalização da eleição estadual.
Lula teve aqui 70,93% dos votos válidos, contra 22,86% de Alckmin.
Mendonça disputa o governo neste segundo turno com o deputado federal Eduardo Campos (PSB), ex-ministro de Lula.