Durante entrevista coletiva, no final da tarde, o ex-ministro e candidato derrotado ao governo de Pernambuco Humberto Costa (PT) evitou falar em disputar mandato eletivo nas eleições municipais de 2008 e foi claro com relação à sucessão na Prefeitura do Recife: "A questão de mandato é outra história.

Quanto à cidade do Recife, isso é de responsabilidade do prefeito João Paulo. É ele quem vai dizer quem será o candidato do PT a prefeito".

Humberto deixou claro que continuará na pol?tica. "Não constru? uma carreira profissional.

Eu poderia ser rico como médico, mas vivo modestamente.

Sou defensor da democracia, do socialismo, fiz pol?tica minha vida inteira e continuarei na luta pol?tica".

De imediato, disse que tem como missão "provar minha inocência na Justiça".

E atacou Mendonça: "Houve uma armação pol?tica envolvendo um delegado da Pol?cia Federal e gente do Ministério Público.

Mesmo assim tive 25% dos votos, depois de mais de 30 dias do bombardeio que sofri de Mendonça Filho, Mendonça Filho, de Mendonça Filho".

E continuou: "O senhor Mendonça não se considera responsável pelos ataques.

Ora, ou ele não comanda a campanha, como o governo, ele é um governador fantoche, ou está mentindo.

Recebi ataques sem assinatura, eles passavam inclusive a idéia de que eu já estava julgado.

Até a pena a que estaria sujeito a sofrer eles apresentaram.

A leviandade comanda muitas das ações pol?ticas neste pa?s".

Com relação ao engajamento na campanha de Eduardo Campos (PSB), Humberto Costa afirmou que é o socialista quem definirá como se dará esse engajamento: "Vou participar como Eduardo desejar.

Ele vai dizer se vamos percorrer o Estado, aparecer na TV.

Vou fazer a campanha dele como se fosse a minha.

Vou aonde for preciso para pedir a cada um dos 1,008 milhão de eleitores que votaram em mim para que votem em Eduardo".

Acompanhado por Renildo Calheiros, Alanir Cardoso, Luciano Siqueira e Luciana Santos, do PCdoB, e de João Paulo, Dilson Peixoto e Maur?cio Rands, do PT, Humberto minimizou a ausência dos l?deres da Frente Trabalhista, principalmente de Armando Monteiro Neto (PTB), no anúncio do apoio a Eduardo.

Disse que a ausência não enfraquece Eduardo neste momento.

Para o petista, há hoje apenas dificuldades pontuais que não permitem o engajamento imediato dos trabalhistas na campanha do socialista: "O PTB tem outro tempo.

Para nós (PT e PCdoB) não havia dificuldades e, por isso, resolvemos anunciar o apoio agora.

O PTB precisa consultar suas bases".

O petista afirmou não acreditar que parcelas da Frente Trabalhista migrem para o palanque de Mendonça Filho.

A certa altura mandou novos recados sobre a derrota: "É um erro pol?tico se tentar fazer disputa pol?tica com o resultado (do primeiro turno)".