Da Agência Estado PMDB conquista maior bancada na CâmaraBras?lia - O PMDB se tornou a maior bancada da Câmara dos Deputados nesta eleição e terá o direito de pleitear a presidência da Casa.Com 89 parlamentares eleitos, o partido superou o PT, que ficou com 83 deputados.

O resultado das urnas mostra que, em um eventual segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai precisar ainda mais do apoio do fragmentado PMDB, que dificilmente vota unido.

Além dos votos necessários para avançar nas matérias de interesse do governo, a importância do partido cresce porque é nas mãos do presidente da Câmara que fica a decisão de acatar e dar prosseguimento ou não a pedidos de impeachment do presidente da República.

Os partidos que apóiam o governo Lula (PT, PL, PP, PSB, PCdoB, PSC, PTB e PTC) somam 223 votos, encolhendo em relação à bancada atual, de 257 deputados.

Sem o PMDB, o governo não alcança sequer a maioria simples dos deputados e, muito menos tem número suficiente para aprovar emendas constitucionais - como a prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) -, que exigem no m?nimo 308 votos.

Incluindo o PMDB, a poss?vel nova base governista, que vai funcionar no ano que vem, teria 312 parlamentares.

Para ter mais sobra, o governo deve jogar para atrair partidos nanicos, que juntos somarão 8 deputados.

OPOSIÇÃONa oposição, PSDB e PFL elegeram o mesmo número de deputados: 65 cada um, ou seja 130 ao todo.

Somando-se outros partidos oposicionistas e independentes (PDT, PPS, PV e o Prona, P-SOL), o governo terá contra si 193 deputados.

Na atual legislatura, esses partidos somam 167 deputados.

O PT, apesar de ter crescido de 81 da bancada atual para 83 deputados, ainda ficou abaixo do total que conseguiu eleger em 2002 - quando emplacou 91 deputados.

Já o PMDB melhorou em relação a 2002, quando elegeu 75, e também em relação à bancada atual de 78 parlamentares.

PSDB e PFL também cresceram em relação a 2002.

Os dois partidos passaram pelo mesmo problema de terem suas bancadas reduzidas, ao longo dos últimos anos, pela ação do governo.

Por isso, atualmente o PFL conta com 64 deputados e o PSDB, 59.

PFL será a maior bancada no Senado a partir de fevereiro Bras?lia - O resultado das eleições fez do PFL a maior bancada no Senado a partir do dia 1º de fevereiro, deixando a situação mais dif?cil na Casa para um eventual segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Se Lula já não tinha base no Senado para aprovar propostas de seu interesse, a situação tende a piorar no próximo ano.

A partir de fevereiro, quando tomam posse um terço dos senadores, a bancada de oposição a Lula estará maior.

O PFL (18 senadores), o PSDB (15), o PDT (5), o PPS (1) e PRTB (1) somarão 40 senadores.

O PMDB, mesmo governista no Senado, tem dissidências quanto ao apoio a Lula, dificultando ainda mais um eventual segundo mandato do petista.

O PMDB teve um fraco desempenho nas eleições para o Senado.

A bancada atual de 20 senadores, ficará reduzida a 15 no próximo ano.

A redução atinge diretamente as pretensões do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), de se reeleger para o cargo, que será reivindicado pela maior bancada, o PFL.

A distribuição das 27 cadeiras do Senado disputadas neste ano foi a seguinte:PFL 6PSDB 5PMDB 4PTB 3PT 2PSB 1PL 1PPS 1PRTB 1PC do B 1PP 1PDT 1PMDB PODE CRESCER O PMDB poderá chegar a 17 senadores caso o senador José Maranhão (PMDB-PB), que disputa o governo do Estado em segundo turno não se eleja e volte ao Senado.

A vaga dele está sendo ocupada pelo suplente Roberto Cavalcanti (PRB).

Além disso, o PMDB poderá crescer se o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) for eleito vice-governador no segundo turno abrindo a vaga para o suplente do PMDB.

Dependendo do segundo turno para o governo do Pará, o PT poderá perder a senadora Ana Júlia Carepa.

Caso a senadora seja eleita, assumirá o suplente José Nery, do PSOL.

Em uma eventual vitória na disputa pela presidência da República o candidato tucano, Geraldo Alckmin, também terá de negociar apoios.

O Senado mantêm-se dividido entre governistas e oposicionistas.