Por Fernando CastilhoColunista de Economia do JC Se é verdade que há uma relação direta entre benef?cios sociais recebidos, aumento de renda per capita e redução da miséria, é poss?vel que com pesquisa econômicas se explique os percentuais de aprovação do governo Lula no Nordeste nas pesquisas eleitorais.

Pesquisas que, se confirmadas, estarão revelando que, pela primeira vez na história da República, uma região estaria se descolando das demais na hora de eleger seus governantes nacionais.

Qualquer pessoa que entre no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.gov.br) e vasculhe os dados das últimas eleições vai observar que, de forma geral, o Brasil vota de uma forma comum.

Existem casos de, em um ou outro Estado, o candidato vencedor perder a eleição local.

Mas isso se deve, quase sempre, ao fato de ser a terra de um candidato derrotado.

Em geral, pode-se dizer que o Brasil vota unido.

Nas eleições de 2006, segundo as pesquisas, isto não estaria acontecendo.

O Nordeste confere a Lula da Silva um percentual que distoa das demais regiões.

E isso tem levado a interpretações de que os programas sociais seriam os responsáveis.

Pode ser, mas não é só isso.

A verdade pode estar no fato de que entre 2002 e 2006 houve, de fato, aumento de renda da população, redução da miséria e aumento de benef?cios sociais no Brasil.

A Fundação Getúlio Vargas pesquisou isso e mostrou que se mais dinheiro no bolso ajuda a eleger presidente, o Nordeste reelegerá Lula.

O curioso é que isso já foi dito desde julho.