Por Túlio Velho BarretoCientista Pol?tico e Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, colaborador freqüente deste Blogtulio@fundaj.gov.br Diante da ausência do presidente-candidato Lula, a segunda metade do debate foi ainda mais monótona e pareceu ainda mais sem sentido do que a primeira.
Até porque os candidatos presentes (Geraldo Alckmin, Helo?sa Helena e Cristovam Buarque) já não dirigiam perguntas - o que por si só já era esquisito - à cadeira vazia com o nome do presidente.E, de certa forma, o debate terminou por expor mais as fraquezas de seus adversários do que as virtudes de cada um.
Como desde o começo todos falaram mais sobre o que queriam, e não tanto sobre os temas propostos, a certa altura o programa ficou demasiadamente repetitivo, artificial e parecido com os respectivos programas eleitorais.
As cr?ticas e denúncias feitas contra o presidente-candidato Lula foram praticamente as mesmas dos últimos dois anos.
E a impressão que fica é que sua ausência não trará muito preju?zo eleitoral para ele nesta reta final.
Além disso, ficou claro que o suspense sobre a ida ou não dele ao debate foi mais uma estratégia do marketing da campanha.
De fato, a própria cobertura dos blogs, durante todo o dia, e da Rede Globo, logo após o debate, concentrou-se mais na ausência do presidente-candidato Lula do que aos que ali compareceram e - tentaram - quase em vão debater entre si, com exceção de Helo?sa Helena em relação a Alckmin e aos anos FHC.
No final, ficou uma estranha sensação de vazio, que só um segundo turno poderá preencher.
Quer dizer, se tiver.
E a campanha eleitoral para presidente da República chega ao final sem um debate de verdade entre a oposição e o governo.