Do Jornal do Commercio A aparente polarização que se instalou entre os candidatos da União Por Pernambuco, Mendonça Filho (PFL), e da Frente Popular, Eduardo Campos (PSB), nessa fase final da campanha, levou o governador-candidato, ontem, a interromper alguns minutos de uma caminhada no bairro da Torre para “dar atenção??? a um eleitor do socialista.
Os dois ensaiaram um bate-boca que só não se estendeu por mais tempo - e tomou proporções maiores - porque o assessor especial do governo, o ex-deputado estadual João Coelho, conteve o governador e, principalmente, o eleitor exaltado.
Além de eleitor de Eduardo Campos, o homem se identificou apenas como José Carlos e servidor público do Estado, lotado na Secretaria de Saúde.
Ele reagiu à tentativa do governador Mendonça Filho de cumprimentá-lo, como vinha fazendo o pefelista com todos os moradores da comunidade de Santa Luzia, na Torre, por todo o percurso percorrido em caminhada com o candidato ao Senado, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
E acusou o governo de Mendonça de ser “ditador??? por, segundo ele, “nunca ter recebido os servidores públicos???. “Esse governo só nos recebe com a pol?cia. É um governo ditador, o senhor e Jarbas.
Não conversa com ninguém???, acusou José Carlos.
Mendonça Filho reagiu, incisivo: “Eu só lhe peço que me respeite.
Eu sou o governador do Estado???. “Estou lhe respeitando.
Mas saiba que meu voto será de Eduardo Campos???, retribuiu o servidor público. “Vote nele, é bom que ele atrase o seu pagamento???, replicou Mendonça Filho, referindo-se à herança de três folhas de pagamentos atrasadas que diz ter recebido do governo Miguel Arraes (já falecido), do qual Eduardo Campos foi secretário da Fazenda. “Eu prefiro que ele atrase (pagamento) do que ser tratado como sou no seu governo???, respondeu José Carlos.
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