Eduardo Campos, candidato a governador pelo PSB, condenou hoje o presidente estadual licenciado do partido, Milton Coelho, por ter mantido conversas com o ex-militante do movimento estudantil Saulo Batista.
Em entrevista a Jorge Cavalcanti, repórter do Jornal do Commercio, disse o seguinte: “Acho que foi um erro cometido por Milton, no afã de se sentir perseguido como estava sendo.
Ele errou, ao meu ver, em tentar fazer a ação que é da pol?cia, e não da pol?tica???.
Campos alegou desconhecer os diálogos entre o correligionário e o ex-militante.
O presidente estadual em exerc?cio do PSB, advogado Izael Nóbrega, entrou, hoje à noite, na Procuradoria Regional Eleitoral, com um pedido que a Pol?cia Federal instale um inquérito para apurar a denúncia. “A suposta gravação e possivelmente editada foi obtida por meio ilegal, para beneficiar eleitoralmente terceiros, o que configuraria crime eleitoral???, defendeu Izael.
No entanto, o advogado endossou a postura de Eduardo em relação a Milton. “Foi um erro.
Não tomei conhecimento de nada.
Caso contrário, teria orientado ele???, criticou.
Sobre a afirmação de Milton de que teria pedido ajuda de um “amigo agente da PF???, Izael também condenou o gesto. “Outra falha.
O policial só pode agir com a permissão institucional???.
O presidente em exerc?cio da sigla informou que irá acionar a Comissão de Ética do PSB.
Eduardo evitou comentar a principal denúncia que envolve a sua candidatura - a declaração de Milton de que teria um acerto com a Petrobras para a estatal enviar verba para o pagamento de despesa de campanha, após a eleição.
Ao ser indagado sobre o assunto, o socialista esquivou-se. “Nossa campanha tem um tesoureiro oficial, não deverá a ninguém.
Nós temos uma campanha extremamente organizada, objetiva???.
Sem fazer nenhuma defesa pública de Milton e na tentativa de descredenciar a denúncia de tentativa de desvio de verba pública da Petrobras para financiamento de campanhas socialistas, Eduardo atribuiu a iniciativa de Saulo Batista ao PFL - partido do governador-candidato Mendonça Filho - e chamou a legenda de “gangue???. “Nossos adversários diretos têm tido ações semelhantes a esta.
O caso de dona Maria do Socorro é emblemático (l?der comunitária que virou o principal personagem da eleição municipal de 2004).
Há uma ação articulada, terrorista, fruto do desespero do PFL, essa gangue que tenta fazer da pol?tica uma atividade mafiosa???, atacou, antes da carreata em Paulista.