Em nota divulgada agora, o presidente estadual do PSB, Milton Coelho, diz que já havia desconfiado das intenções de Saulo Batista e que permitiu o andamento das conversações com ele única e exclusivamente para desmascará-lo.
Ele também informa ter pedido licença temporária do cargo.
A ?ntegra da nota: Nota de esclarecimento Na data de hoje, o blog do JC, de responsabilidade do jornalista César Rocha, publicou suposta transcrição de conversações, gravadas ilegalmente e visivelmente editadas pelo senhor Saulo Batista, nas quais meu nome está envolvido.
Trata-se de mais uma tentativa, assacada por forças pol?ticas conservadoras do estado, com o propósito de atingir minha candidatura a deputado, e a honra da minha fam?lia, em represália aos posicionamentos que venho assumindo ao longo da minha vida pol?tica e, mais recentemente, na presidência estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e nesta campanha eleitoral.
Como sabem os meios pol?ticos e a sociedade pernambucana, na presente campanha, venho sendo alvo de intimidações e pressões de variadas fontes, desde ameaças de morte contra familiares meus, até a invasão de meu comitê eleitoral e tentativa de invasão de minha residência.
A essas intimidações respondi, em todas as oportunidades, com serenidade e firmeza, sabendo que elas fazem parte do repertório de correntes pol?ticas atrasadas, que mais uma vez serão derrotadas nas urnas de outubro. É importante relembrar que expedientes sórdidos dessa natureza já foram utilizados em campanhas no estado, como no passado, contra o senador Marcos Freire, e mais recentemente, contra o prefeito João Paulo.
No episódio agora tratado, fui insistentemente procurado pelo senhor Saulo Batista, a quem não conhecia, o qual se mostrou interessado em contribuir financeiramente com a minha campanha.
Busquei, então, informações sobre o referido senhor, ficando evidente desde logo tratar-se de pessoa desqualificada, com ligações com partidos adversários, cujo comportamento permitia antever a montagem de uma armação pol?tica contra a minha candidatura.
Decidido a denunciar a trama, orientei integrantes do meu comitê eleitoral a manter conversações com o senhor Saulo Batista, e posteriormente assumi pessoalmente as mesmas conversações com o único objetivo de levá-lo a expor suas intenções e, deste modo, encaminhá-lo à Pol?cia e à Justiça, denunciando seus mandantes.
Quando o senhor Saulo Batista percebeu meu objetivo, passou a evitar novos contatos e iniciou um processo de extorsão.
Como esse processo foi frustrado, os mandantes da trama determinaram a divulgação das supostas transcrições, nitidamente editadas, como uma per?cia constatará com facilidade. É de se ressaltar que nenhuma contribuição financeira ou de outra ordem foi por mim aceita e que todas as conversações visavam flagrar um delito praticado pelo senhor Saulo Batista.
Ora, de onde viriam R$ 150 mil de uma pessoa desqualificada?
Em vista de tais fatos, nesta segunda-feira, dia 25 de setembro, adotarei as seguintes providências: 1.
Ingressarei com Queixa-Crime contra o referido indiv?duo pelos diversos crimes por ele praticados; 2.
Darei conhecimento formal ao Ministério Público para rigorosa apuração dos fatos, inclusive identificação dos mandantes; 3.
Solicitarei à Comissão de Ética do Diretório Estadual de Pernambuco a apuração do caso.
No sentido de que sejam garantidas a total isenção e imparcialidade na apuração dos fatos, estou neste momento solicitando meu licenciamento temporário da presidência do diretório estadual do PSB, até que não restem dúvidas sobre a lisura do meu comportamento e no comportamento da minha fam?lia em todo o desenrolar da presente campanha eleitoral.
Milton Coelho