Para Francisco FilhoComentarista freqüente do Blog Acabamos de publicar na seção Entrevistas, na coluna ao lado, as entrevistas que fizemos com os três principais candidatos ao governo de Pernambuco (veja abaixo alguns trechos).
Na semana passada, o Blog apresentou uma série de perguntas que deveriam, na nossa opinião, ter sido feitas aos três durante as entrevistas que concederam à TV Globo (leia mais aqui).
Decidimos então procurar os candidatos e pedir a eles as respostas.O governador e candidato à reeleição Mendonça Filho (PFL) respondeu, entre outras coisas, se hoje venderia novamente a companhia energética de Pernambuco (Celpe). "Sim, se ocorressem hoje as mesmas condições de 1999.
Esta foi um decisão datada e foi acertada para aquele momento".O ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) disse que sua candidatura é leg?tima, apesar do seu indiciamento pela Pol?cia Federal na Operação Vampiro. "Eu vou provar minha inocência.
Sou uma pessoa que tem a consciência absolutamente tranqüila, por isso estou fazendo campanha de cabeça erguida, olhando as pessoas nos olhos.???O ex-ministro da Ciência e Tecnologia Eduardo Campos (PSB) isentou o governo Miguel Arraes de qualquer responsabilidade pela venda da Celpe, dizendo que, na época, os estados foram pressionados pelo governo FHC a vender as suas concessionárias.
O socialista também rebateu Humberto, que declarou ser o único com isenção para falar sobre a privatização da Celpe. “Acho que nessa questão Humberto Costa entrou atrasado no tema e entrou mal.???Humberto Costa e Eduardo Campos concederam entrevistas pessoalmente a Cec?lia Ramos, repórter do Blog.
Já Mendonça Filho evitou respondê-las pessoalmente e enviou as respostas por escrito, por meio da sua assessoria de imprensa.Mendonça: “Sim, privatizaria de novo a Celpe???1) Por que a redução do ICMS sobre energia elétrica não ocorreu antes e só está sendo prometida agora, em plena reta final do processo eleitoral?
Porque tudo tem seu tempo e sua hora.
Iniciamos com a tarifa social da Compesa, fizemos o estudo da redução de ICMS para a tarifa de ônibus, encontramos uma solução e implementamos através de projeto de lei.
Estávamos preparando a proposta de menos imposto para estimular as atividades produtivas e melhorar a vida dos mais pobres.
Lançamos o primeiro ponto, referente às empresas, e agora estamos lançando o segundo, para melhorar a vida do povo. (…)5) O sr. privatizaria de novo a Celpe hoje?
Sim, se ocorressem hoje as mesmas condições de 1999.
Esta foi um decisão datada e foi acertada para aquele momento.Humberto: “Vou provar minha inocência???1) Em tendo seu indiciamento proposto pelo Ministério Público Federal e já depois de ter sido indiciado pela Pol?cia Federal sob a acusação de envolvimento com a máfia dos vampiros, o sr. acha que é leg?timo continuar disputando o governo de Pernambuco?
Por que?
Qual é o problema?
Não fui condenado, a Justiça não se manifestou.
O que eu tenho hoje é um processo.
Eu sou inocente até que se prove o contrário.
Eu vou provar minha inocência.
Sou uma pessoa que tem a consciência absolutamente tranquila, por isso estou fazendo campanha de cabeça erguida, olhando as pesssoas nos olhos.
Se as pessoas acreditassem que eu era culpado eu já tinha sido destruido nesta eleição.
Então eu vou continuar defendendo a minha candidatura.
Tenho um compromisso com o meu partido, com milhares de pessoas que vão votar em mim.2) O sr. teve uma pessoa da sua confiança presa como um dos l?deres da máfia dos vampiros, foi indiciado como envolvido na máfia e foi apontado como envolvido no escândalo das sanguessugas, como o sr. pretende conquistar a confiança do eleitor pernambucano?Na questão do sanguessuga eu não tenho nada a ver com aquilo.
A própria CPI já ouviu a pessoa que podia ter algum tipo de denúncia contra mim, o tal Vendoim.
E ele foi peremptório em dizer que jamais me ofereceu nem eu recebi qualquer tipo de vantagem, nem tive nenhuma relação com ele.Eduardo: “Não sou herdeiro das práticas que Mendonça é???(…)2) O sr. promete valorizar o servidor público, mas no último governo Arraes havia atrasos de salários e as últimas folhas de pagamento de 1998 ficaram pendentes.
Isso não é uma contradição, já que o sr. ocupou funções relevantes na administração estadual, inclusive foi secretário da Fazenda?
Não.
Por onde eu passei no serviço público os servidores votam comigo, porque ao contrário do PFL, que persegue, que protege a panelinha deles, nós prestigiamos as pessoas que têm mérito.
O apoio que nós temos na secretaria da Fazenda e o que eu angariei em todo o sistema de tecnologia do Brasil é prova de que eu sei valorizar o serviço público.
E a mentira do PFL, mais uma, que antes dizia que eram três folhas, não houve nenhuma folha em atraso.
Ficou a folha de dezembro.
Ate hoje o Mendoncinha esqueceu da mentira de ontem e falou que era só uma folha.
Na verdade, ele passou todo o governo, durante oito anos, pagando um mês no começo do outro mês.
Agora ao contrário do que o governo do PFL fez, perseguindo, cercando o governo Arraes, com o prest?gio que Mendonça angariou com Fernando Henrique Cardoso, nós fizemos o contrário com o Governo Lula.
Ajudamos Mendonça a governar.
Trouxemos a refinaria, apoiamos a conclusão de Suape, fizemos toda uma ação positiva.
Eu tenho o que falar para os servidores.
Eu não sou herdeiro das práticas que o senhor Mendonça é, que sempre colocou pessoas pela janela no serviço público, sem concurso, e que tem o apoio de dois ex-governadores que colocaram 70 mil servidores sem concurso dentro do Estado.
Nós não.
Somos herdeiros de uma tradição de realizar concurso público, de valorizar o servidor e falar a verdade para o povo.Leia aqui as entrevistas completas.