Por Elizabeth LopesDa Agência Estado São Paulo - O escândalo envolvendo a suposta tentativa de compra, por um representante do Partido dos Trabalhadores (PT), de um dossiê envolvendo os candidatos tucanos à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, na máfia dos sanguessugas (compra superfaturada de ambulâncias), não deverá alterar o cenário eleitoral nesta reta final para o primeiro turno.

A avaliação foi feita, pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cientista pol?tico, Fábio Wanderley Reis.Segundo ele, não é fácil prever o impacto de mais esse escândalo por três razões: a proximidade das eleições de 1º de outubro; a ambigüidade do caso que, de um lado implica o PT pela suposta compra do dossiê, e de outro, fala do suposto envolvimento dos tucanos com essa máfia; e o cansaço e a desatenção do eleitorado sobretudo das camadas mais populares, com essa avalanche de denúncias. "O povo está farto de denúncias, por isso, minha aposta é que o impacto de mais este episódio no processo eleitoral será pequeno", emendou.Apesar da análise de que o impacto desse escândalo não deverá alterar significativamente a corrida dos candidatos nessa reta final de campanha - onde o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera com folga a disputa pelo Palácio do Planalto e poderá faturar o pleito no dia 1º de outubro; e o candidato tucano José Serra registra grande vantagem nas pesquisas e poderá também vencer o pleito para o governo de São Paulo no primeiro turno -, o professor da UFMG afirma que as denúncias são grav?ssimas e precisam ser apuradas rigorosamente.