Por Nelson FranciscoEspecial para a Agência Estado Cuiabá - O empresário e engenheiro elétrico Valdebran Carlos Padilha da Silva foi suspenso hoje por 60 dias do PT, ao qual é filiado desde agosto de 2004.
Neste per?odo, uma comissão do diretório de Cuiabá avaliará a conduta ética dele e deverá expulsá-lo.
Silva foi preso na sexta-feira (15) pela Pol?cia Federal (PF), num hotel de São Paulo, após escuta telefônica.
Ele estava com US$ 109,8 mil (R$ 236,07 mil) e R$ 758 mil.
A PF suspeita que ele compraria de Paulo Roberto Dalcol Trevisan documentos que envolveriam o ex-ministro da Saúde José Serra e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) com a Planam, empresa que está no centro do esquema da máfia dos sanguessugas. “O PT reprova o procedimento dele, pois essa conduta é incompat?vel com o partido”, disse o presidente da legenda na capital mato-grossense, Jairo Pereira Rocha.
Silva, de 42 anos, separado, dois filhos, foi um dos coordenadores financeiros da campanha do então presidente da sigla no Mato Grosso, Alexandre César, a prefeito da capital, e assessor do deputado Carlos Abicalil (PT-MT).
O empresário e engenheiro elétrico aparece na lista de doadores da campanha petista na cidade, com R$ 600 reais, como pessoa f?sica.
Já a empresa dele, a Saneng - Saneamento e Construções, doou R$ 50 mil.
No in?cio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Padilha da Silva foi indicado pela direção estadual da agremiação para ocupar o cargo de diretor-econômico e financeiro da Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), estatal subordinada à Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), do Ministério das Minas e Energia.
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) impediu a nomeação do empresário e engenheiro porque a direção do PT no munic?pio não concordou com a indicação.