Donos da Planam afirmam que o ex-ministro José Serra está envolvido com a máfia das ambulâncias e entregam novos documentos sobre a distribuição de propinas Por Mário Simas Filho e BiôDa revista ISTOÉ Na última semana, os termômetros na capital de Mato Grosso registravam temperaturas superiores aos 35 graus cent?grados.
Tão quentes quanto Cuiabá são os documentos que os empresários Darci Vedoin e seu filho Luiz Antônio obtiveram junto a bancos para ser entregues à Justiça, ao Ministério Público e à CPI dos Sanguessugas.
Ambos são donos do grupo Planam, as empresas flagradas pela Pol?cia Federal em maio deste ano em um esquema de compras superfaturadas de ambulâncias que foram distribu?das a todo o Pa?s.
Na ocasião, a PF prendeu 46 pessoas, entre elas os Vedoin, que permaneceram na cadeia por 80 dias.
Na quinta-feira 14, pai e filho fizeram chegar às mãos dos responsáveis pelas investigações uma pasta recheada de novos documentos.
ISTOÉ teve acesso a esses documentos com exclusividade.
Os mais importantes são extratos bancários que demonstram dezenas de depósitos feitos pelo grupo Planam a pessoas f?sicas e jur?dicas até agora não mencionadas.
Com essa documentação, a Justiça, o Ministério Público e a CPI ficam aparelhados para incluir nas investigações sobre a máfia das ambulâncias a efetiva participação dos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri. "Na época deles o nosso negócio era bem mais fácil.
O dinheiro sa?a muito mais rápido.
Foi quando mais crescemos", diz Darci. "A confiança do pagamento era tão grande que chegamos a entregar cento e tantos carros apenas com o empenho do Ministério, antes de a verba ser liberada." Leia aqui a reportagem completa.