Por Jamildo MeloDo Jornal do Commercio No debate promovido pela ONG Leões do Norte, ontem, na boate Metrópole, os três principais candidatos ao governo de Pernambuco prometeram adotar a previdência gay para o funcionalismo do Estado.
Eduardo Campos (PSB) foi o mais objetivo, tendo prometido que apresentaria o projeto na primeira semana de governo. "Não se trata de uma questão financeira, já que o impacto financeiro é pequeno.
O importante é que a decisão pol?tica serve como exemplo para o combate ao preconceito", afirmou, abusando de sua retórica privilegiada.
Humberto Costa também fez a defesa do projeto, citando que o prefeito João Paulo (PT) já aprovou a medida, no plano municipal.
No entanto, muito prolixo, não explicou como encaminharia a questão, em um eventual governo do PT.
Com a ajuda de deputados aliados como Isaltino Nascimento, Costa foi o único que levou claque para o evento, tendo sido recebido por um coro de petistas.
Já o governador José Mendonça Filho, primeiro a falar no evento, disse que só apresentaria a medida da previdência gay após estudos, por não ter segurança jur?dica da medida.
Apesar disto, disse que não lhe faltaria coragem para defender o assunto, em um eventual segundo governo.
Mendonça, com seu temperamento t?mido, pareceu pouco à vontade, em boa parte do tempo.
Mesmo após oito anos de governo, Mendonça disse que não dispunha de estudos sobre uma eventual iniciativa neste sentido.
Em 2002, por proposição do deputado João Negromonte, do PMDB, a Assembléia Legislativa chegou a apreciar o assunto, mas o projeto de lei foi barrado, por um voto de minerva do presidente Romário Dias, do PFL, atendendo a pressão da bancada evangélica.