Um dia depois de assumir uma nova função na campanha de Humberto Costa (PT), a de dividir a agenda pol?tica com o companheiro, o prefeito João Paulo parece ter feito "ouvido de mercador".
Hoje, durante o almoço-homenagem do Caxangá ??gape a João da Costa, o prefeito sequer mencionou o nome de Humberto em seu discurso.
O que, certamente, deve provocar ainda mais a ciumeira entre os petistas. "Eu vim aqui (no evento) para uma homenagem a João da Costa e por isso dediquei a intervenção (o discurso) para ele", esquivou-se João Paulo, na ocasião.
No evento, teve até distribuição de bonés, adesivos e panfletos de João da Costa.
Mas nada fazia qualquer alusão a Humberto.
João da Costa é tido nos bastidores petistas como o "preferido" do prefeito.
Ele é candidato a deputado estadual pelo PT e ex-secretário municipal de Orçamento Participativo.
Na semana passada, João Paulo, inclusive, declarou seu desejo de fazer o ex-secretário de sucessor, em 2008.
Acabou criando um desconforto interno no partido por precipitar a condução do processo sucessório de 2008.
Abaixo, trechos da entrevista de João Paulo à Imprensa.
As informações são de Monica Crisostomo, repórter de Pol?tica do Jornal do Commercio.
Humberto Costa espera que o senhor entre de cabeça na campanha, dividindo com ele a agenda pol?tica.
Mas, hoje, no evento, o senhor não menciona o nome dele…
Eu vim aqui para uma homenagem a João da Costa e por isso dediquei a intervenção para ele.
Eu nem vim essencialmente fazer uma defesa da campanha de Lula ou de outros proporcionais.
Foi na verdade uma homenagem a João da Costa.
Então, como o senhor pretende entra "pesadamente" na campanha de Humberto?
Nós já temos os coordenadores de Recife e da Região Metropolitana do Recife.
Eu tive meu primeiro encontro ontem à noite.
E me situei da geopol?tica.
Hoje, eu vou dar algumas sugestões e idéias de como intensificar as atividades na RMR.
Minha tarefa pol?tica foi de assumir mais a (área) metropolitana.
O senhor critica o fato de a campanha estar centrada em ataques mútuos e que falta debate.
Isso também atinge a campanha de Humberto?
Não.
Eu acho que a gente vem tentando contribuir com o debate pol?tico.
Nosso programa tem abordado as questões do estado, dado sugestões.
Agora, temos tido que retirar muito tempo do nosso programa para nos defender (do indiciamento de Humberto pela Pol?cia Federal no caso da Operação Vampiro).
Então, isso essencilamente diminiu o tempo para o aprofundamento de outras questões.
E não falta esse debate e discussão de propostas na rua, em eventos?
Nós temos.
Mas temos tido pouco tempo, a não ser mais nos debates.
Do ponto de vista do programa eleitoral, temos que dedicar mais (tempo) às propostas.
Já dedicamos parte significativa do nosso (programa) majoritário e proporcional para a defesa.