Por Jamildo MeloRepórter especial do JCA Controladoria Geral da União (CGU) detectou e informou à CPI das Sanguessugas uma série de irregularidades na compra de uma unidade móvel de saúde versão médico-odontológica - ônibus - para o munic?pio de Jupi, no Agreste de Pernambuco, em 2002, no governo Fernando Henrique (PSDB).
O equipamento foi vendido e reformado por empresas do grupo Domanski, acusado de fraudar licitações nos mesmos moldes da Planam, pertencente ao empresário Luis Antônio Vedoin.
As licitações envolveram R$ 100 mil em recursos públicos, sendo R$ 90 mil repassados pelo Ministério da Saúde, com uma contrapartida de R$ 10 mil do munic?pio.
Prefeitura aguarda investigação para processar o ex-prefeito O atual prefeito de Jupi, Adalberto Teixeira Filho, do PMDB, informou que está aguardando o relatório final da CGU para entrar com uma ação de ressarcimento de danos ao erário público contra o ex-prefeito, padre Ivo Francisco da Silva. “A comunidade não se preocupa com o caso porque o ônibus funciona e está servindo ao povo.
O problema é como o processo licitatório tramitou.
Assim que recebermos o relatório final da CGU, vamos entrar com uma ação de ressarcimento contra o ex-prefeito???, afirmou Betinho, como o prefeito é mais conhecido na cidade.
Domanski já atuou em cinco cidades do Estado A Controladoria Geral da União já constatou que o esquema das empresas do grupo Domanski fez negócios com pelo menos cinco prefeituras pernambucanas.
Além do munic?pio de Jupi, a CGU informou à CPI das Sanguessugas a realização de contratos para compra de ambulâncias nas cidades de Iguaraci, Afrânio, Bom Conselho e Iati, cuja auditoria está em curso.
Empresas do grupo já foram denunciadas à PF As empresas do grupo Domanski já foram denunciadas pela Controladoria Geral da União (CGU) à Pol?cia Federal e ao Ministério Publico Federal, no final de agosto.
Depois de analisar planilhas de contratos de compra de ambulâncias, o órgão informou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, e ao diretor-geral da Pol?cia Federal, Paulo Lacerda, que o “grupo Domanski??? atua de modo semelhante ao já conhecido “grupo Planam???.
A denúncia foi encaminhada no final de agosto, pelo ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage.
Ministério Público quer manter sanguessugas fora das eleições Da Agência EstadoBRAS??LIA - Se depender do Ministério Público Eleitoral, os parlamentares acusados de envolvimento com o esquema sanguessuga ficarão de fora da eleição deste ano.
Em pareceres enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice-procurador-geral eleitoral em exerc?cio, Roberto Gurgel, disse que os deputados federais Paulo Baltazar (PSDB) e Reinaldo Gripp (PL), suspeitos de envolvimento no esquema, têm perfil incompat?vel com o exerc?cio de mandatos eletivos.
A posição do MP fornece mais instrumentos jur?dicos para impedir a candidatura de pol?ticos suspeitos.Leia aqui os textos completos (Assinantes JC e UOL).