Mesmo com a possibilidade concreta de chegar ao segundo turno contra o governador Mendonça Filho (PFL), está cada vez mais evidente a dificuldade financeira da campanha do petista Humberto Costa.

Algumas semanas atrás, publicamos aqui com exclusividade informações sobre uma greve-relâmpago da equipe do guia eleitoral dele.

Há alguns dias foi a vez de donos de carro de som exigirem pagamento (alegou-se que estes não estavam com a documentação em dia).

Agora é o atraso na prestação de contas (de novo problemas de documentação) e o volume de dinheiro que a coordenação da campanha diz ter arrecadado.

Leia mais sobre o assunto: Por Silvia BessaRepórter especial do Diario de Pernambuco O candidato do PT ao governo de Pernambuco, o ex-ministro Humberto Costa, está inadimplente com a Justiça Eleitoral desde o último dia 6 de setembro.

Ele foi o único entre os principais concorrentes desta disputa que não apresentou o relatório parcial de receitas e despesas para a divulgação na internet. (…) Os maiores concorrentes de Humberto - o governador e candidato à reeleição, Mendonça Filho (PFL), e o candidato do PSB, o deputado federal Eduardo Campos (PSB) - seguiram o prazo.

Um dos coordenadores da campanha do PT, Jorge Perez informou ontem no final da noite que enviará hoje ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o balanço.

Segundo ele, o rigor da nova legislação dificultou a prestação de contas das doações recebidas no jantar-adesão promovido em favor da campanha de Humberto Costa na semana passada.

Conforme Jorge Perez, o relatório que será apresentado pelo PT ao Tribunal mostrará uma arrecadação de R$ 730 mil e gastos de aproximadamente R$ 700 mil.

Estes recursos financiaram toda a estrutura da campanha de Humberto - incluindo programas eletrônicos, viagens e eventos como a caminhada de ontem à noite no bairro da Torre, no Recife.

Segundo informações de técnicos da Coordenadoria de Controle Interno (Cocin), do TRE não há punição para quem deixa de atender a resolução da Justiça. (…) Os valores de receitas e despesas a serem declarados pelo PT é o menor entre as três candidaturas.

Senão vejamos: Mendonça Filho contabilizou R$ 2.782.799,20 de receitas e R$ 2.388.344,17 de despesas.

A parcial está concentrada na conta do comitê do PFL.

Eduardo Campos mostra o seguinte balancete: R$ 1.233.535,21 de doações e R$ 1.052.839,96 de gastos.