Da Folha de S.PauloO procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, apontou a existência de "muita interferência pol?tica" no processo que investiga supostas irregularidades na compra e distribuição de cartilhas do governo elaboradas pela Secom (Secretaria de Comunicação) e faz cr?ticas sutis à forma como o tema é debatido internamente.
Se não fossem os aspectos pol?ticos, argumenta Furtado, não haveria motivo para o impasse entre os ministros Ubiratan Aguiar, relator, e Marcos Vilaça, que pediu vista (suspensão da votação no plenário do TCU) na semana passada.
Furtado defende Vilaça dizendo que é normal um ministro pedir vista para tomar conhecimento mais aprofundado do assunto.
No entanto, também admite que o caminho utilizado por Vilaça "não foi comum".
Impossibilitado de participar da sessão, ele pediu por telefone que o procurador solicitasse a suspensão da votação. "O comum no TCU é: sempre que um ministro quer participar da discussão e não pode estar presente, o relator retira o processo da pauta", explica.
Segundo ele, Aguiar disse que não via motivo para fazer isso. "Uma solução também pouco comum", segundo o procurador. "Se não estivéssemos a três semanas [das eleições] isso não teria nada de extraordinário".Leia mais aqui (assinantes Folha e UOL).