Por Ayrton MacielRepórter de Pol?tica do JC Depois de quatro eleições ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva – com três derrotas e uma vitória, a de 2002 – o clandestino Partido Comunista Revolucionário (PCR) e seu principal dirigente estadual, o ex-preso pol?tico Edval Nunes Cajá, romperam com o presidente da República e o PT e resolveram resgatar históricas bandeiras da esquerda radical brasileira.

A sigla marxista-leninista conta, hoje, com candidaturas em nove Estados, abrigadas no P-SOL, da presidenciável Helo?sa Helena.

Filho de camponeses de Bonito de Santa Fé, na Para?ba, o único candidato do PCR à Câmara Federal por Pernambuco, o sociólogo Edval Nunes Cajá, afirma que o partido decidiu não apoiar a reeleição de Lula ao concluir que o petista foi cooptado pelo capitalismo e abandonou as bandeiras da esquerda.

Amparado na coerência ideológica e nas bandeiras, Cajá vai às ruas – em dobradinha com a l?der estudantil e militante do PCR, Izabel Acioli, que disputa uma vaga na Assembléia Legislativa – tendo como única arma para conquistar eleitores a dialética revolucionária, que aponta o socialismo cient?fico como único caminho para uma sociedade justa.

Cajá critica Lula por ter esquecido as bandeiras da reforma agrária, da correção histórica do salário m?nimo, da suspensão e auditagem da d?vida externa do Brasil, do combate aos monopólios privados e do limite ao lucro das multinacionais, para que deixem parte deles no Pa?s. "Lula mudou.

Se eu votasse com ele, estaria jogando fora minhas bandeiras, que não são só ideológicas, mas também pedagógicas.

Lula abriu mão do socialismo", condena o ex-aliado.Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).