Por Inaldo SampaioDa coluna Pinga Fogo, no JC de hojeComeça a ter efeito prático o apelo dramático feito por Jarbas Vasconcelos para que as bases municipais da aliança redobrem os seus esforços nesses últimos dias de campanha para não permitir que a eleição de governador seja decidida no 2º turno.
Não que num eventual segundo turno o candidato Mendonça Filho esteja antecipadamente derrotado.
Simulações de pesquisas têm mostrado que ele seria o primeiro também no segundo, mas os l?deres da aliança não querem correr risco.
Afinal, o exemplo de 2000 ainda está muito presente na cabeça de todos.
Naquele ano, o então prefeito Roberto Magalhães liderou as pesquisas até o dia da eleição, mas acabou sendo derrotado.
Dava-se como certa a vitória dele ainda no primeiro turno, o que só não aconteceu porque faltaram cinco mil votos.
No segundo, todos se juntaram contra ele e a oposição fez o prefeito pelos mesmos cinco mil votos que faltaram à aliança para liquidar a fatura no primeiro. É esse risco que a aliança não quer correr.
Da?
Jarbas ter radicalizado o seu discurso contra o presidente Lula e o governo chefiado pelo PT, algo aliás que ele sempre soube fazer bem desde que entrou na vida pública.
Como se sabe, ele e o presidente da República têm percentuais de intenção de voto semelhantes no Estado de Pernambuco, mas com uma diferença.
Lula, se reeleito no primeiro, teria mais força do que ele, senador eleito, para decidir a parada no segundo.