O pessoal do PT e o ex-ministro Humberto Costa devem estar odiando, mas a campanha agressiva da União por Pernambuco, do governador Mendonça Filho (PFL), ganhou um interessante toque de humor no guia eleitoral dos deputados com uma versão divertid?ssima da música Você Não Vale Nada, da banda Solteirões do Forró (clique aqui para saber mais sobre a banda).

A versão tem tudo para pegar.

Até porque, normalmente, são as versões mesmo que restam, e não os fatos.

Abaixo, o jornalista e colaborador freqüente do Blog Fernando Castilho apresenta uma firme defesa de mais humor na sucessão estadual de Pernambuco.

Para ele, a campanha está muito chata: Por uma gréa geral na campanha eleitoral Por Fernando CastilhoColunista de Economia do JCEu já escrevi neste blog que talvez os analistas pol?ticos não tenham se apercebido que o eleitor possa ter se educado com o calendário eleitoral – com eleições a cada dois anos – e já viu que, depois de debelada a inflação, o que os governos podem fazer não é nada revolucionário.

Eles não estão mais interessados em dar grandes demonstrações de apreço a seus escolhidos pela campanha na rua. É voto e pronto!

Mas aqui para nós e os eleitores pernambucanos, a campanha está séria que só porco fazendo xixi.

Ninguém tira onda com ninguém.

Nenhum candidato é capaz de ter uma tirada de humor como adversário e não temos um só bordão depois de quase um mês de horário pol?tico.

Isso é trágico.

Certamente, os marqueteiros acham que eleição é mesmo um debate de propostas e contestações ideológicas.

Que essa conversa de campanha propositiva funciona na cabeça de seu Manoel da esquina.

E que o eleitor brasileiro, apesar de sua alegria, não aceitaria uma gréa.

Com todo o respeito pelos condutores das campanhas, mas estamos precisando, nestes 15 dias finais, de uma gréa geral.

Será que Mendonça Filho, Humberto Costa e Eduardo Campos não disseram nada nos programas que não desse um mote para uma tirada de humor?

Isso aqui está parecendo eleição de pa?s desenvolvido, onde os debates são feito programas de partido.

Como aqui no Brasil a gente não tem partido, essa conversa de eleição propositiva fica uma chatice insustentável.

Repito: precisamos de uma gréa.

Senão corremos o risco de ter uma eleição que no futuro ninguém vai se lembrar da música, de um personagem, de uma piada.

Será que temos um time de marqueteiros que sofrem do figado, úlceras e cólicas eleitorais?