Por Renata Lo PreteEditora do Painel da Folha de S.Paulo Primeiro, caiu por terra a profecia de que Lula chegaria à eleição enfraquecido demais para conseguir o segundo mandato.
Agora, vai se desfazendo a idéia de que, mesmo com a vitória do presidente, seu partido encolheria substancialmente na Câmara.
No auge da crise, não era raro encontrar, na oposição mas também no governo, quem projetasse para o PT uma bancada na casa dos 50 deputados - são 81 dos 513 hoje.
Com algum viés de alta, as previsões desalentadoras sobreviveram por meses à recuperação de Lula.
Hoje, porém, pesquisas para consumo interno de diferentes partidos, associadas ao olhar experiente de quem toca a eleição nos Estados, desenham um cenário em que o PT chega perto de repetir sua atual representação na Casa. À diferença de 2002, não será a maior bancada - troféu reservado ao PMDB.
Mas o segundo lugar, somado à perspectiva de continuidade na Presidência da República, estará de bom tamanho para manter o PT no jogo.
Tome-se o caso de São Paulo, onde a chapa petista inclui alguns dos mais famosos mensaleiros.
O desenrolar da campanha indica que o destino dos candidatos está menos relacionado ao envolvimento -ou, no outro extremo, a um "nada consta" - nos escândalos de 2005 do que à máquina a sustentá-los.
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