Por Clóvis AndradeRepórter de Pol?tica do JCA Frente Popular de Pernambuco, que apóia Eduardo Campos (PSB) para o governo do Estado, foi proibida ontem de continuar falando, em sua propaganda eleitoral de TV e rádio, sobre a suposta d?vida de R$ 375 milhões atribu?da ao deputado federal e candidato à reeleição José Mendonça (PFL) junto ao Banco do Nordeste.
O parlamentar questiona o débito e a questão está na Justiça.
A peça, exibida no guia dos candidatos a deputado federal da coligação, na noite da última terça-feira, foi considerada ofensiva pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que expediu duas liminares - uma pedida por Mendonção e outra pelo governador-candidato Mendonça Filho (PFL) - vedando a sua veiculação em programas de “qualquer coligação da qual o PSB faça parte???.
As decisões, portanto, incluem também a Frente Democrática de Pernambuco, que abriga candidatos a deputado estadual socialistas.
No guia da terça-feira, a Frente Popular exibiu um v?deo com a acusação contra José Mendonça, envolvendo a Av?cola Asa Branca, de sua propriedade.
Na continuação, o programa denunciou que o empréstimo não teria sido investido na av?cola, causando a falência da empresa, e que o deputado pefelista não havia honrado d?vidas trabalhistas ou quitado o débito com o banco, até os dias atuais.
A coligação de Mendonça nega e vê a peça como “uma farsa???, conforme colocou ontem no guia proporcional da União por Pernambuco.
Os advogados da coligação entraram ainda manhã com duas representações - acompanhadas dos dois pedidos de liminar -, alegando que o adversário veiculara “fatos inver?dicos??? e de conteúdo “ofensivo, injurioso e difamatório???.
Segundo o texto da ação - que pede ainda direito de resposta para os dois autores, no mérito -, os ataques da Frente Popular visam a “atingir a reputação??? de Mendonça Filho.
As decisões interlocutórias favoráveis sa?ram à tarde, proferidas pelos desembargadores Marco Maggi e Alfredo Jambo.
O assunto foi abordado pela primeira vez no debate realizado segunda-feira na TV Clube, pelo candidato do P-SOL ao governo, Edilson Silva.
Ainda ontem, o advogado Lêucio Lemos, que integra a coordenação do departamento jur?dico da União, anunciou que pedirá ao Ministério Público Eleitoral que investigue “essa estranha relação??? entre ele e Eduardo, insinuando que Edilson poderia ser um “laranja??? do socialista.
O advogado Izael Nóbrega, da Frente Popular, prometeu recorrer da decisão dos desembargadores.
Ele anunciou que entrará com um agravo regimental no pleno do tribunal e com uma medida cautelar, na tentativa de suspender os efeitos das liminares até o julgamento do mérito.