Por Janio de FreitasColunista da Folha de S.Paulo O n?vel de sinceridade na disputa pela Presidência teve uma pequena melhora, com os ataques desferidos por Lula, Alckmin e Fernando Henrique, como expressão, afinal, de sentimentos pessoais evidentemente reprimidos.
Mas os respectivos argumentos em nada atenuaram a mediocridade, que já parece sem remédio, da atual campanha.
O acerto da pontaria é feito com desrespeito acintoso aos fatos e ao eleitor.
O "programa" lançado por Lula, sem programa algum e apenas para cumprir uma formalidade, retoma com mais agressividade o seu escapismo no assunto corrupção: "como podem falar de ética os autores da privataria/que engavetaram denúncias na Justiça/[abafaram] dezenas CPIs"?
Por maior que possa ser a procedência desse questionamento, não leva os erros graves de ontem a anular os graves erros de hoje.
Nem os desculpam.
Os erros do PT e de integrantes da cúpula do governo, inclusive do c?rculo do Planalto, continuam sem receber de Lula uma palavra decente ao eleitorado, sem inverdades e artimanhas.Leia aqui o texto completo (assinantes Folha e UOL).