Por Fernando CastilhoColunista de Economia do JCHá no noticiário pol?tico um certo lamento coletivo da falta de empolgação do eleitor em relação ao próximo pleito.

Explicando uma certa "concertacion" de que, estando Lula eleito no primeiro turno, dever?amos cuidar do ministério do novo governo, porque a eleição perdeu a graça no noticiário.

Não é bem assim.

Estamos do alto dessa nossa pseudo capacidade de interpretação pol?tica esquecendo que depois dez eleições o cidadão-eleitor aprendeu a ver esse fato como normal, rotineiro e pelo qual não está mais disposto a demonstrar empenho especial além do que faz no dia 1º de outubro, ao comparecer ao seu domic?lio eleitoral.

O que parece não estar sendo entendido nessas análises é o fato de que o eleitor já se informou, fez suas contas, decidiu seu voto e, no máximo, agrora procura um cadidato decente para votar para deputado estadual e federal.

Podemos chamar isso de educação c?vica.

O eleitor sabe que eleição tem a cada dois anos.

Talvez nas próximas eleições não precisar?amos nem mais de 45 dias de campanha.

No máximo, 30.

Porque ficou claro para o eleitor que campanha, seja pela TV, rádio, outdoor ou internet não é o que define mais o voto.

A baixaria, no máximo, serve para animar a militância, e olhe lá.

Não existe isso de eleitor, a 30 dias da eleição, não ter seu escolhido.

Acho que os analistas estão é com saudades das campanhas da diretas, dos com?cios de Arraes e de Cid Sampaio.

Ou das caminhadas pelas madrugadas de Alo?sio Alves no Rio Grande do Norte ou dos debates pelo rádio nacional, de Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro.

Ou das festas de Leonel Brizola, no Rio Grande do Sul.

Só que isso acabou, gente.

Talvez a m?dia não tenha percebido o óbvio: o eleitor se educou.

Pode errar na escolha.

Mas se informa de alguma forma.

Talvez não o suficente para escolher os melhores, mas isso em relação aos proporcionais.

No resto, ele já fez suas contas e tomou sua decisão, faz tempo.

Contra ou a favor do governo.

Só a gente da m?dia é que acha que ele deveria fazer mais festa com isso.

Estamos errados.