Por Túlio Velho BarretoCientista Pol?tico e pesquisador da Fundaj Depois de pegar fogo, com candidato perguntando a candidato, todos tendo direito a réplica e tréplica, o debate voltou a ficar relativamente morno nos terceiro e quarto blocos.

E assim terminou.

Após as not?cias dando conta do indiciamento do ex-ministro Humberto Costa, por seu suposto envolvimento no "caso dos vampiros", que mudou os rumos da propaganda eleitoral obrigatória, a realização do debate serviu para mostrar que realmente a campanha apenas começou.

De toda forma, as oposições usaram as perguntas dos repórteres no terceiro bloco para criticar o governador-candidato Mendonça Filho.

Ser candidato à reeleição tem suas enormes vantagens, mas, em uma disputa com uma parcela da oposição bem preparada, e uma outra afoita, o transforma em alvo fácil de ataques múltiplos.

Entre os candidatos da oposição, houve, durante todo o debate, uma relativa - e combinada? - paz, sobretudo se lembrarmos o que aconteceu nos debates anteriores ocorridos na UFPE e na Faculdade Maur?cio de Nassau, quando Edilson Silva, na ausência de Mendonça Filho, não deu trégua a Humberto Costa.

Enfim, penso que a imagem-s?ntese do debate foi a do governador-candidato Mendonça Filho bebendo um copo de água antes de responder a uma perguntar do jornalista Sérgio Miguel Buarque, que o questionava se o Governo Jarbas Vasconcelos-Mendonça Filho não priorizou o desenvolvimento econômico em detrimento às questões sociais.

Ficou a impressão de que foi pego de surpresa pelo repórter, embora já tivesse sido sorteado para responder, ou pela incômoda pergunta.

E, agora, certamente, vai repensar se vale a pena ir aos próximos debates.