O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), não se conteve ao comentar hoje em seu ex-blog o indiciamento do ex-ministro Humberto Costa pela Pol?cia Federal.

Maia está feliz.

No ano passado, era a bola da vez no PFL para disputar a Presidência da República, mas viu seus sonhos frustrados em plena decolagem.

Numa operação ousada, quando ainda era ministro da Saúde, Costa promoveu uma violenta intervenção na saúde pública do Rio, que caminhava para o caos.

A intervenção deu mais alguns meses de fôlego a Humberto no ministério e tirou completamente Cesar Maia do caminho da reeleição de Lula.

Em seu ex-blog, Maia desabafa: ESSE EX-BLOG J??

HAVIA DITO: SAI FORA HUMBERTINHO, SAI ANTES QUE TENHA QUE SAIR -DE PULSEIRAS PRATEADAS.

HUMBERTINHO !

E ESSE PROCESSO CONTRA VOCÊ É SÓ PELO CASO DOS VAMPIROS !

AINDA VEM A??

O CASO DOS SANGUESSUGAS !

E COMO !

SAI FORA HUMBERTINHO !

EM 2008, SE TIVER EM LIBERDADE, CANDIDATE-SE A VEREADOR !

MAS FORA DE RECIFE !

FOLHA-ON Crimes pelos quais Humberto terá que responderMarcelo Moselli concluiu o inquérito dele há cerca de 20 dias.

Humberto Costa tomou conhecimento das conclusões há dez.

Moselli pede o indiciamento de Humberto por três crimes: formação de quadrilha; corrupção passiva; e fraudes em licitações.

VEJA !

Briga de sangue A PF indicia Delúbio e Humberto Costa no caso dos vampiros e diz que os dois até brigavam por propina Há trechos impressionantes no relatório.

Num deles, a Pol?cia Federal afirma que a turma de Delúbio conseguiu arrecadar pelo menos 15 milhões de reais em propinas cobradas de fornecedores do Ministério da Saúde.

No caso do grupo ligado ao ex-ministro Humberto Costa, não há estimativa do dinheiro embolsado, mas as investigações chegaram a identificar uma partilha de dinheiro - no caso, uma propina de 723.800 reais, paga por um laboratório, que acabou dividida entre o grupo do tesoureiro e o do ministro.

O relatório diz ainda que os dois grupos não tinham uma convivência pac?fica. "Há um enredo de conversas que revelam a existência de contenda entre os grupos vinculados ao ministro da Saúde, Humberto Costa, e ao tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, pela prerrogativa de arranjar a venda de facilidades e influência e a captação de recursos financeiros junto a lobistas e empresas", diz o documento.

Como que a comprovar que havia briga de quadrilhas, existia um terceiro grupo no esquema, que acabava fazendo a interlocução entre a turma de Delúbio e a de Humberto Costa.