Por Jamildo MeloRepórter especial do JCUm dia depois de ter acusado o PSB de ter montado no Ministério da Ciência e Tecnologia esquema semelhante ao identificado no Ministério da Saúde no caso das sanguessugas, só que envolvendo a compra de ônibus para inclusão digital, no lugar de ambulâncias, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI das Sanguessugas, envolveu ontem o nome do chefe do escritório da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em Bras?lia, Marcos Arraes de Alencar, como um dos elos do suposto esquema de compras superfaturadas.Filho do ex-governador Miguel Arraes, Marcos Arraes é tio de Eduardo Campos, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e candidato a governador do Estado pelo PSB, que o indicou para o órgão vinculado à pasta. “Nesse processo da Finep, há duas pessoas-chave.
Uma delas é Marcos Arraes, que responde pelo escritório do órgão em Bras?lia.
O outro é Rodrigo Rolemberg, secretário nacional de Inclusão Digital.
Eles são o elo com o escritório da Finep no Rio de Janeiro, que aprovava projetos por cima de decisões técnicas para empresas que nem endereço tinham.
Em Bras?lia, o papel deles era entusiasmar os deputados a apresentarem emendas para inclusão digital???, declarou.
Em Bras?lia, Marcos Arraes rebateu as denúncias. “Quando cheguei aqui, em outubro do ano passado, todo o processo de emendas já tinha acontecido.
O deputado, portanto, mente para se promover.
Aliás, isto é coisa comum àqueles que fazem tudo para se reeleger: mentir e difamar.
Enfim, qualquer canalhice???, declarou. “Não libero dinheiro nem projetos.
Apenas encaminho os projetos para o Rio.
Aqui, cuido apenas de pagar o aluguel e as contas de luz e telefone do escritório.???
Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).