Do site Aprendiz Por Alan Meguerditchian De agressivo e acusador a moderado e conciliador, sempre encaixando o discurso sobre o tema do emprego às idéias dominantes do per?odo, conseguindo assim, nos últimos anos, atrair as classes econômicas alta e baixa, mas afastando a média.

Esta é a estratégia do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seus discursos sobre emprego, identificada pela pesquisadora Luciana Panke em sua tese de doutorado defendida na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo baseou-se nos discursos proferidos por Lula a partir da década de 1970, momento em que começou a atuação no sindicalismo, até o término do primeiro ano de mandato de presidente, em 2003. “Foquei apenas a temática do emprego, analisando linguagem, ideologia e contexto dos discursos”, explica Panke.

O recorte foi definido diante da própria história de atuação do pol?tico focada na questão do trabalho.

Segundo a pesquisadora, é poss?vel identificar três fases bem definidas durante o per?odo estudado.

A primeira, de 1970 até a derrota na eleição presidencial de 1994, denominada de extremo esquerda.

Depois da derrota até as eleições de 2002, os discursos de Lula caracterizaram-se por uma fase de transição.

Por fim, a partir da campanha de 2002 ocorreu a mudança para um per?odo de centro-esquerda.

O primeiro per?odo é marcado por discursos contestadores, nos quais a classe dominante, detentora do capital, era a grande causadora do desemprego. (…) Por fim, a última fase começa na campanha eleitoral de 2002 e segue durante o ano seguinte. “Neste momento, Lula já aceita os acordos e as condições impostas pelo mercado internacional.

Não acusa mais os empresários, mas sim divide a responsabilidade pela criação de novos postos de trabalho”.

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