O que mais preocupa os principais palanques de oposição hoje em Pernambuco é a possibilidade de Mendonça Filho (PFL) se consolidar na faixa dos 40% de intenção de voto.

Isso pode representar o fim da disputa ainda no primeiro turno.

As equipes de campanha de Humberto Costa (PT) e de Eduardo Campos (PSB) estão mergulhadas em números de pesquisas, quantitativas e qualitativas, em avaliações profundas e cálculos para descobrir a melhor maneira de fragilizar Mendonça.

Nos próximos dias devem ocorrer mudanças importantes nos guias eleitorais de ambos.

Vai acabar esse esquema bom-moço de Eduardo e Humberto.

Até aqui, o guia deles segue a linha propositiva, de apresentação de suas biografias, de destaque do que já realizaram na vida.

Nada surgiu ainda em termos de ataques.

Nada foi feito de significativo para distinguir governo e oposição, deficiências e soluções em relação a oito anos de gestão Jarbas/Mendonça.

No guia dos governistas, porém, tem havido mais ousadia e competência para enfraquecer os adversários e fazer Mendonça chegar a um patamar ótimo.

O governador mantém insistentemente a exploração da imagem de Lula.

Tenta com isso se apropriar da popularidade elevada do presidente e diluir o peso que ele pode ter nas campanhas dos adversários, principalmente de Humberto Costa, que quer crescer no rastro de Lula.

Em relação a Eduardo, Mendonça bate insistentemente na tecla de que antes, no governo Arraes, era o caos; de que a população não pode eleger quem foi responsável por esse caos.

Ele faz isso sem falar em Arraes.

O mito tornou-se mais forte depois que morreu, um ano atrás.

Tudo é feito para, no final, carimbar Eduardo como pai do caos.

Se não correrem, Eduardo e Humberto sabem que perdem a campanha.

E eles já estão correndo.

Vocês podem esperar surpresas nesta semana.